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Terça - 14 de Junho de 2016 às 06:17
Por: Rafael Costa - Folha Max

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Mesmo sem movimentar dinheiro em contas bancárias, o ex-secretário de Estado, Eder de Moraes Dias, tem mantido uma vida com alto padrão de luxo que é considerado incompatível com seus vencimentos mensais. É o que aponta a Polícia Federal nas investigações da "Operação Ararath" que apura amplo esquema de lavagem de dinheiro e crime financeiro envolvendo autoridades de Mato Grosso.

De acordo com relatório ao qual FOLHAMAX teve acesso, a PF ressalta que Eder Moraes responde várias ações penais pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, corrupção e operação de instituição financeira clandestina. Os processos levaram a Justiça Federal a autorizar o bloqueio liminarmente de R$ 300 milhões do ex-homem forte das gestões de Blairo Maggi (PP), atual minstro da Agricultura, e Silval Barbosa, preso desde setembro do ano passado no Centro de Custódia de Cuiabá em função da "Operação Sodoma".

Apesar do bloqueio milionário, nas contas bancárias de Eder Moraes foi encontrada somente a irrisória quantia de R$ 1,952 mil. De acordo com a PF, o episódio se diferencia em muito do perfil do ex-secretário Eder Moraes que tem mantido alto padrão de vida com a aquisição de bens de alto valor. “Em que pesem os sequestros e arrestos de todos os bens registrados em seu nome, Éder de Moraes Dias, continua a esbanjar o mesmo alto padrão de vida, adquiriu veículos de luxo e a suntuosa mansão na qual reside com sua família. Os valores dos bens somados ultrapassam a casa dos milhões de reais”, diz um dos trechos.

Durante mandado de busca e apreensão no dia 1º de abril de 2015 foram encontradas faturas de cartão de crédito com vencimento em setembro de 2014 no valor de R$ 48,840 mil e outra de R$ 11.271,69 mil. “Restando cabalmente demonstrado que o faustoso padrão de vida é absolutamente incompatível com a situação financeira apresentada à Justiça”, completa.

A Polícia Federal concentra parte de suas investigações para descobrir como Eder Moraes mantém despesas elevadas sem ter nenhum tipo de recebimento mensal atestado de origem legal. “Os argumentos se robustecem quando se leva em consideração que Eder de Moraes Dias e sua esposa Laura Tereza da Costa Dias não possuem comprovação lícita de rendas que possam fazer frente aos sinais exteriores de riqueza que apresentam”, completa.

Éder Moraes cumpre a quarta prisão preventiva relacionada a "Operação Ararath". Desta vez, ele é acusado de descumprir por 92 vezes o uso da tornozeleira eletrônica.





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