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Sexta - 24 de Junho de 2016 às 09:50
Por: Rafael Costa Folha Max

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Após o depoimento que prestou na quinta-feira (24), o ex-deputado estadual José Riva (sem partido) entregou papeis com anotações manuais indicando os beneficiários de R$ 9,6 milhões desviados dos cofres da Assembleia Legislativa. Na anotação de Riva, obtida com exclusividade pelo FOLHAMAX, consta que houve desvio de R$ 9,659 milhões.

Desta quantia, R$ 5,214 milhões foi entregue ao advogado Joaquim Fábio Mielli, que se tornou delator do esquema descoberto na "Operação Ventríloquo", e o advogado Júlio César Domingues Rodrigues, apontado como o lobista que intermediou o esquema fraudulento, R$ 342 mil. Uma quantia não identificada envolvendo os dois advogados aparece com o valor de R$ 797.152,02 mil.

Em seguida, aparece o nome de deputados estaduais que teriam sido contemplados com o dinheiro desviado dos cofres públicos. O deputado Romoaldo Junior (PMDB) recebeu R$ 1,109.900 milhão.

O deputado estadual Mauro Savi (PR) recebeu R$ 946.550 mil e o próprio José Riva com R$ 806 mil. Uma assessora do deputado Gilmar Fabris (PSD) teria recebido R$ 95 mil, sendo que o parlamentar desconheceria o suposto esquema.

A anotação de Riva cita que houve a distribuição de 3,027.450 milhões. Porém, ainda estava pendente de identificação as quantias de R$ 1,238.742,69 milhões e R$ 2,214.957,37 milhões que só serão esclarecidas após o acesso as microfilmagens dos cheques emitidos por Joaquim Fábio Mielli.

A documentação entregue ainda cita que a quantia de R$ 806 mil que José Riva recebeu o dinheiro por meio de depósitos direcionados para empresas como a União Agrícola com R$ 98,122 mil. A relação mostra que três depósitos direcionados a União Agrícola somam R$ 280.122 mil, a Globo Indústria e Comércio de Alimentos LTDA com R$ 34,880 mil.

Uma soma de depósitos corresponde a R$ 401 mil foi feita em favor da empresa Miramed. Em relação ao deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB), 12 cheques que somam R$ 794 mil foram depositados em contas bancárias da Rede Shop Comércio de Combustível para favorecê-lo.

O peemedebista ainda teve cheques direcionados para as empresas F.H Combustível e Canal Livre que somam R$ 315,9 mil. Já a empresa LB Fama recebeu um cheque de R$ 50 mil direcionado a ex-deputada estadual Luciane Bezerra (PSB).

Por outro lado, a quantia de R$ 916.550,00 mil que favoreceu o deputado estadual Mauro Savi foi direcionado a diversas pessoas físicas de pessoal do parlamentares como José Humberto Sá, Ricardo Goulart Carvalho, Adir do Carmo Leonel, Roberto Bavaresco, RM Necore, Construção Comércio de Alimentos, José Eurico de Carvalho e Cine e Fonseca. A quantia que foi paga ao advogado Joaquim Mielli também culminou em depósitos bancários para aparentar indícios de legalidade.

A empresa Tauro Motors recebeu dois cheques de R$ 500 mil que somam R$ 1 milhão. O restante do dinheiro ainda foi depositado em uma conta poupança particular e nas empresas GS Comércio de Motos e Lapidação Brasil Oeste.

De acordo com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o dinheiro foi desviado da Assembleia Legislativa por meio de uma fraude de um pagamento que deveria ser destinado a quitação de uma dívida do Legislativo relativo a um seguro com o extinto banco Bamerindus, atual HSBC, contraída ainda na década de 90. Com a citação de parlamentares com mandato, um inquérito foi aberto no Tribunal de Justiça em obediência ao foro por prerrogativa de função assegurado aos parlamentares na esfera criminal.

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