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Segunda - 27 de Junho de 2016 às 13:30
Por: Eduarda Fernandes - RD News

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O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) e a ex-deputada Luciane Bezerra (PSB) negam ter recebido dinheiro proveniente de um esquema propina, conforme apontado pelo ex-deputado José Riva (sem partido), em audiência realizada nessa quinta (23). O caso veio à tona com a deflagração da Operação Ventríloquo, em julho do ano passado.

Riva entregou uma lista à juíza da 7ª Vara Criminal Selma Rosane Arruda, na qual constam os nomes de cinco parlamentares como supostos destinatários finais de mais de R$ 3 milhões, estando na relação ainda Mauro Savi (PSD), Romoaldo Junior (PMDB) e Guilherme Maluf (PSDB). A assessoria de Savi informou que o deputado irá esperar ter acesso ao inteiro teor do depoimento para se manifestar. A reportagem não conseguiu contato com Romoaldo e Maluf.

Fablicio Rodrigues

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Ex-deputada Luciane Bezerra afirma que acusações de Riva são por rixa política

Luciane, que segundo Riva teria recebido R$ 50 mil, por meio da empresa LB Fama, afirma que não tem relação com o esquema e reitera que sequer sabia de envolvimento da Assembleia com banco. Isso porque, conforme o processo, o esquema ocorreu quando o advogado do HSBC (antigo Bamerindus Saúde), Joaquim Mielli, teria feito um acordo extra-judicial com parlamentares para conseguir receber uma dívida de aproximadamente R$ 9,6 milhões. Em contrapartida, o advogado teria que devolver metade do valor aos deputados, como forma de propina.

A ex-deputada acredita que as acusações de Riva se deram em função de uma rixa política. “Acredito que a grande maioria não teve envolvimento. Não houve conversa nem de corredor. Ele ter envolvido meu nome, principalmente com os mais antigos, é mais por uma rixa nossa de região, política, porque não justifica, eu nunca peguei esse valor”, diz ao .

Luciane ressalta que desde o primeiro depoimento de Riva, em 15 de abril, quando deu início às confissões, já se colocou à disposição da Justiça para qualquer eventual esclarecimento. Sobre a empresa, a ex-parlamentar fala que nunca ouviu falar no nome.

Fabris, que Riva cita como responsável pela quantia de R$ 95 mil, nega ter recebido recurso proveniente de propina. O deputado diz que no áudio da última audiência é possível ouvir o próprio Riva dizendo que ele não tinha conhecimento do esquema. “Nunca, jamais tive conhecimento de qualquer coisa relacionada ao HSBC ou dívida, nunca vi esses dois advogados (Mielli e Julio Cesar), nunca tive reunião com ninguém sobre esse assunto, esse cheque foi pago de boa-fé como foi de outras empresas. Tanto é verdade que tem o depoimento do Riva dizendo que eu não tinha nenhum conhecimento do caso, está gravado”, assevera.

O deputado esclarece ainda que a quantia foi depositada na conta de Ana Paula Aguiar, sua funcionária à época, e que a tem como filha, por isso não haveria motivo para querer prejudicá-la. “Não recebi quantia nenhuma, o cheque foi depositado na conta de uma menina que é quase uma filha minha”, completa.





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