Serviço: MT tem a quarta maior queda do país Em agosto, conforme pesquisa mensal do IBGE, demanda sobre segmento foi reduzida em 13,1% na comparação com igual mês de 2015
O volume de serviços prestados recuou 13,1%, em Mato Grosso no mês agosto na comparação com igual mês de 2015. O percentual é o quarto maior do país no período, conforme dados divulgados ontem pelo IBGE, por meio da atualização da Pesquisa Mensal de Serviços.
Lideram o ranking nacional de queda no segmento os estados de Rondônia (21,1%), Amazonas (16,1%), Espírito Santo (13,9%), Mato Grosso (13,1%) e Amapá (12,5%). Todos esses estados superaram o aferido pelo IBGE, para o mesmo período, ao país que foi de -3,9%.
Conforme os técnicos do Órgão, o saldo brasileiro foi o 17º resultado negativo consecutivo e o pior desempenho para meses de agosto dentro da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2012. Em julho de 2016 ante julho de 2015, a taxa foi de -4,5%.
Desde outubro de 2015, o órgão divulga índices de volume no âmbito da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Antes disso, o IBGE anunciava apenas os dados da receita bruta nominal, sem tirar a influência dos preços sobre o resultado. Por esse indicador, que continua a ser divulgado, a receita nominal subiu 2,2% em agosto ante igual mês de 2015.
Com o resultado de agosto, o volume de serviços prestados acumulou queda de 4,7% no ano e recuo de 5,0% em 12 meses.
Ainda avaliando o desempenho do segmento no Estado, a pesquisa revelou que enquanto a redução no volume de serviços foi de 13,1% em agosto, a queda anual na receita foi de 7,8%, a maior contabilizada no Centro-Oeste, em agosto.
BRASIL - Os serviços de transporte foram os que mais contribuíram para a queda de 3,9% no volume de serviços prestados, na comparação de agosto com igual mês do ano passado, informou o IBGE. Na mesma base de comparação, os serviços de transporte encolheram 9%.
Segundo Roberto Saldanha, analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, a fraca demanda industrial e empresarial foi a principal responsável pelo mau desempenho do setor de serviços em agosto. "O setor ainda está se ressentindo do fraco desempenho da indústria", disse Saldanha.
Os serviços profissionais e administrativos, que também têm nos setores industrial e empresarial em geral sua maior fonte de demanda, encolheram 3,7% em agosto ante igual mês do ano passado Os serviços prestados às famílias viram o volume cair 4,1% na mesma comparação, mas, segundo Saldanha, têm um peso menor no setor como um todo.
Os Jogos Olímpicos de 2016 fizeram o volume de serviços crescer 2,7% no Rio em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. No total do país, o volume de serviços prestados encolheu 1,6% na passagem de julho para agosto, mas o Rio foi o Estado que teve o melhor desempenho e uma das três regiões que ficaram na contramão, com resultados positivos.
"Os Jogos Olímpicos realizados no mês de agosto no Rio de Janeiro trouxeram impactos para o setor de serviços", diz nota divulgada pelo IBGE. Um dos destaques foram as atividades turísticas, que cresceram 1,7% no Rio, na mesma base de comparação.
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