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Policia MT
Sábado - 12 de Novembro de 2016 às 07:47
Por: André Souza Do G1 MT

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Ariadne postou mensagem em rede social denunciando assédio (Foto: Reprodução/Facebook)
Ariadne postou mensagem em rede social denunciando assédio (Foto: Reprodução/Facebook)

A Polícia Civil de Mato Grosso abriu nesta quinta-feira (10) investigação para apurar as circunstâncias da morte da advogada Ariadne Wojcik, de 25 anos, que foi encontrada morta após denunciar em uma rede social, supostos assédios sofridos enquanto ela era estagiária em escritório de advocacia. O corpo da jovem foi encontrado em um ponto turístico de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, na quarta-feira (9).

Segundo a polícia, serão ouvidos o procurador do Distrito Federal, acusado por Ariadne de assediá-la, além de familiares e amigos dela. A principal suspeita dos policiais é que a advogada tenha se suicidado. O G1 tentou contato com o procurador, no entanto, ele não atendeu os telefonemas até a publicação desta reportagem.

Na quarta, Ariadne postou uma mensagem em uma rede social relatando os supostos assédios --o corpo foi encontrado horas depois. No post, ela diz que chegou a se mudar de Brasília, onde vivia, para fugir do procurador. “As coisas ficaram muito estranhas quando ele demonstrava que sabia todos os lugares onde eu ia, sabia o teor das minhas conversas, com quem eu falava, sabia as páginas que eu acessava no meu computador pessoal”, escreveu. Ainda segundo a jovem, o procurador passou a monitorar o horário em que ela chegava em casa.

De acordo com o delegado Diego Martiniano, da Polícia Civil, o procurador deve ser ouvido, a princípio, por carta precatória. Dessa forma, após ser intimado ele deve prestar depoimento em uma delegacia de Brasília. “Até amanhã as pessoas mais próximas da jovem devem ser ouvidas. Depois disso vamos intimar outras pessoas”, disse. Ainda segundo o delegado, o taxista que levou a jovem até o ponto turístico deve ser ouvido.

Cópia das investigações feitas pela polícia de Mato Grosso devem ser enviadas ao Ministério Público Federal de Brasília para apurar os supostos assédios.

Mirante de Chapada dos Guimarães (Foto: Gcom/MT - Rafaella Zanol)Mirante de Chapada dos Guimarães (Foto: Gcom/MT - Rafaella Zanol)



Ariande se mudou para Cuiabá e foi nomeada para assumir uma vaga no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), na terça-feira (8). Ela deveria assinar o termo de posse na quarta-feira, mas não apareceu.

Em Cuiabá, segundo ela, a perseguição continuou acontecendo e ela passou a “apresentar sintomas típicos de uma pessoa que foi "medicada" com remédio prescrito, aqueles medicamentos depressores do sistema nervoso central, sendo que eu não estou tomando nada".

Corpo da advogada foi encontrado em ponto turístico de Chapada dos Guimarães (Foto: Reprodução/Facebook)Corpo da advogada foi encontrado em ponto turístico de Chapada dos Guimarães (Foto: Reprodução/Facebook)

Depressão
A Polícia de Mato Grosso está apurando se um quadro de depressão identificado por um psiquiatra pode ter relação com a morte da advogada. A principal tese da Polícia Civil, que abriu um inquérito, é de que a advogada tenha se jogado de um ponto mais alto desse mirante e morrido na queda.

Na bolsa que estava próxima ao corpo, a polícia encontrou um cartão com o telefone de um psiquiatra. Foi ele que divulgou o quadro psicológico da jovem para a polícia. Na bolsa também havia uma carta com informações semelhantes à postagem que ela fez na rede social, denunciando o assédio.

A polícia disse que vai apurar todas as informações e declarações feitas pela jovem na rede social.





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