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Internacional
Quinta - 01 de Dezembro de 2016 às 15:59
Por: Veja.com

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Crianças refugiadas da violência em Mosul, carregam água em um dos acampamentos nos arredores de Erbil, na região do Curdistão do Iraque (Reuters/VEJA)
Crianças refugiadas da violência em Mosul, carregam água em um dos acampamentos nos arredores de Erbil, na região do Curdistão do Iraque (Reuters/VEJA)

Pelo menos meio de milhão de pessoas estão sem acesso à água corrente na cidade iraquiana de Mosul, marcada pela batalha entre forças do governo e o grupo extremista Estado Islâmico (EI), informou a Organização das Nações Unidas (ONU) à rede CNN. Segundo a emissora, a oferta de água foi interrompida intencionalmente pelos extremistas, próximo ao front de batalha, para convencer que civis se entreguem para ajudar o grupo.

Uma das três grandes tubulações de água de Mosul também foi atingida durante o conflito entre o exército e os terroristas, dificultando ainda mais o acesso ao serviço. Por estar dentro de território controlado pelo grupo, não é possível consertar o problema, informou a UNICEF na quarta-feira. A coalizão militar liderada pelo Iraque iniciou uma ofensiva em outubro para recuperar Mosul do poder do EI, que mantém a cidade como sua maior base no país.

De acordo com oficiais e testemunhas, o problema na tubulação de fato aconteceu, porém, a estratégia cruel do grupo extremista potencializou o problema da falta de água. “O EI corta a eletricidade de estações de água que fornecem para diversas vizinhanças onde as tropas iraquianas estão avançando”, disse Zuhair Hazem al-Jabouri, membro do Conselho Municipal de Mosul, que supervisiona serviços de água e energia.

Segundo Jabouri, os extremistas querem “forçar pessoas a recuarem com eles para que possam usá-las como escudos humanos”. A ONU não confirmou o caso à CNN, mas declarou que o a política de indiferença do EI gerou sofrimento para os mais de um milhão civis que seguem presos na cidade. “Há um padrão claro que vimos em cidade ocupadas pelo EI: eles usam água, comida ou qualquer coisa para coagir a população”, disse Lisa Grande, coordenadora humanitária da ONU no Iraque.





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