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Polícia Brasil
Quinta - 24 de Agosto de 2017 às 13:50

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Policiais da 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) prenderam, na manhã desta quinta-feira (24/8), Renatha Thereza Campos dos Santos, 35 anos, por exercício ilegal de medicina. Segundo os investigadores, a mulher já responde a vários processos da mesma natureza. A ação faz parte da segunda fase da Operação Placebo.

Ainda segundo a polícia, ela fazia atendimentos como médica, biomédica, esteticista e radioterapeuta. Os serviços eram prestados na casa da suspeita, em Taguatinga, ou até mesmo na residência dos pacientes. Além da prisão, os policiais apreenderam no imóvel de Renatha diversos remédios e equipamentos médicos.

As investigações também indicam que ela atuava na profissão ilegalmente e prometia a cura de doenças graves para pacientes, inclusive o câncer. A mulher também oferecia serviços de fertilização para casais que desejavam ter filhos. No entanto, os pacientes tomavam medicamentos e passavam mal. Os atestados também eram entregues pela falsa médica.

Uma policial militar está entre as mais de 200 pessoas que foram lesadas pela suspeita. Agora, as investigações continuam para tentar identificar a possível participação de pessoas de dentro da Secretaria de Saúde que atuariam passando informações sigilosas para a falsa medica, como por exemplo os prontuários de pacientes. A partir disso, ela aliciava as vítimas oferecendo os “tratamentos milagrosos”, segundo a PCDF.

Ela foi autuada em flagrante pelo crime de exercício ilegal da medicina e, como se trata de crime de menor potencial ofensivo, a mulher assinou termo de compromisso de comparecimento e foi liberada. falsa médica ficou em silêncio durante o interrogatório.

Primeira fase
A primeira fase da operação foi deflagrada em junho deste ano. Umaclínica foi fechada em Ceilândia Norte. A suspeita era de que os especialistas que atendiam no local não tinham registro profissional. A ação foi resultado de uma denúncia anônima que a 19ª DP recebeu no início do ano.

Sete pessoas – três recepcionistas e quatro clientes que estavam na clínica – foram levadas à delegacia para prestar depoimento. Todos foram liberados.

“A clínica se apresentava como ‘ONG Amigos da Saúde’, mas nos chamou a atenção a grande quantidade de recibos de pagamento que iam de R$ 30 a R$ 1,8 mil. Cobravam para serviços que teriam que ser gratuitos”, explicou o delegado-chefe da 19ª DP, Fernando Fernandes.

O titular acrescentou que os agentes não encontraram qualquer tipo de registro dos profissionais de saúde que atendiam na clínica, o que configura exercício irregular da profissão. A pena para este crime varia de seis meses a dois anos.

As especialidades atendidas pela suposta ONG eram clínica médica, odontologia, neurologia, psicologia, além de exames laboratoriais, entre outros. Remédios, talões de receituários e atestados médicos também foram apreendidos.

A reportagem do Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde para que a pasta possa se posicionar sobre a suspeita da Polícia Civil sobre funcionários envolvidos com a falsa médica.





Fonte: Metrópoles

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