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Politica MT
Segunda - 26 de Fevereiro de 2018 às 22:15
Por: Diego Frederici/Folhamax

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O Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania (ONG Moral) protocolou nesta segunda-feira uma representação endereçada ao presidente da comissão de Ética da Assembleia Legislativa (AL-MT), deputado Saturnino Masson (PSDB), pedindo a instauração de um processo por quebra de decoro contra os também deputados estaduais Eduardo Botelho (PSB), que preside o Poder Legislativo de Mato Grosso, e Mauro Savi (PSB). Ambos são investigados na "Operação Bereré", que apura um esquema de lavagem de dinheiro e desvios de recursos no Detran.

As investigações da "Operação Bereré" são baseados nos depoimentos de colaboração premiada do ex-presidente do Detran de Mato Grosso, Teodoro Moreira Lopes, o “Doia”. De acordo com o documento, “não houve limites” para as fraudes cometidas por Savi e Botelho.
Os dois são apontados como líderes do esquema criminoso de acordo com investigação do Ministério Público e Delegacia Fazendária. "A delação do ex-presidente Teodoro Moreira Lopes realizada e investiga no âmbito do processo criminal número 3737/2018 escancara uma faceta já bem conhecida de qualquer cidadão minimamente atento aos fatos que circunscrevem o sistema político de Mato Grosso: a vendeta que se tornou o Detran – MT. Não houve limites para que tudo fosse colocado no mercado da politicagem, todos os interesses da sociedade mato-grossense sendo vendidos a céu aberto em uma feira da ladroagem”, diz trecho do documento.

De acordo com informações do inquérito, Mauro Savi seria quem detém o poder de fato sobre o cargo da presidência do Detran de Mato Grosso, e foi quem teria negociado o contrato com a FDL Serviços de Registros, empresa que estaria desviando parte dos recursos obtidos com os serviços prestados ao órgão. Hoje. a FDL é EIG.

Uma das denúncias apontam que Mauro Savi teria “doado” 400 cabeças de gado a Doia para que ele não “prejudicasse” o andamento do contrato com a FDL Serviços, em 2011. Já Eduardo Botelho admitiu em coletiva de imprensa que sabia do esquema criminoso e se disse “arrependido” de não sair da sociedade da empresa que “lavava” o dinheiro desviado – a Santos Treinamento -, quando as práticas ilícitas começaram em 2011.
O parlamentar deixou o quadro societário da empresa em 2012. “Ante o exposto, vem a entidade Requerente pedir que seja instaurado Processo Disciplinar contra os Deputados Estaduais requeridos, nos termos do artigo 36 e seguintes do Código de Ética do Parlamento Mato-grossense, formulando o Corregedor da Comissão de Ética Parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, representação por quebra de decoro parlamentar pelos Deputados requeridos, realizando as diligências que julgar necessárias, e que posteriormente seja designada pela Comissão de Ética”, diz o pedido da ONG Moral.

Se o processo por quebra de decoro for aceito, e em caso de condenação, os deputados estaduais podem perder seus cargos. Deflagrada no dia 19, a "Operação Bereré" desbaratou uma quadrilha que lavava dinheiro e desviava recursos públicos por meio de empresas que prestam serviços ao Detran-MT.

O bando agia desde 2009 e teria desviado em torno de R$ 1 milhão por mês. Os principais alvos da operação foram os deputados estaduais Eduardo Botelho e Mauro Savi, ambos do PSB, além do ex-deputado federal Pedro Henry.

As investigações tem como base os depoimentos de colaboração premiada do ex-presidente do Detran-MT, Teodoro Lopes, o “Doia”.





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