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Domingo - 18 de Março de 2018 às 16:44
Por: Diego frederici/Folhamax

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Após receber críticas de ex-aliados na condução do poder executivo de Mato Grosso, o governador Pedro Taques (PSDB) “aconselhou” os adversários a prepararem seus espíritos. Na saída de uma reunião da cúpula regional do partido realizada na noite da última sexta-feira (16), em Cuiabá, Taques disse que o ex-deputado federal Júlio Campos (DEM) precisa “tirar o ódio do coração”, e pediu para ele ler o “salmo 91” da Bíblia.

“Queria expressar meu respeito ao Júlio Campos. Mas ele precisa tirar o ódio do coração. Peço que ele leia o salmo 91”, disse o governador.

Durante visita do Ministro da Educação Mendonça Filho nas obras da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Várzea Grande, na última quinta-feira (15), Júlio Campos se referiu a Taques como “troço” e disse que “não é bom dar conselho a quem não gosta de ser aconselhado”, em referência a uma eventual orientação sobre o projeto do Chefe do Executivo à reeleição. Ele também disse que os aliados que ajudaram o atual governador a se eleger, em 2014, não estão “satisfeitos”.

No mesmo evento da última sexta-feira, Taques também citou o Salmo 91 para comentar as críticas do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá), e coordenador do grupo de transição da gestão Silval Barbosa (sem partido) para a sua própria, no final de 2014, Otaviano Pivetta (sem partido). Em entrevista à Rádio Capital na última quinta-feira, Pivetta disse que a gestão Taques foi “reprovada” pela população e que seu Governo era “medíocre”.

Questionado sobre o fato de perder o apoio do antigo aliado, o governador disse que não se pode “perder o que nunca teve”. “Eu não posso perder o que nunca tive. Eu me lembro do salmo 91. As pessoas precisam afastar a escuridão do coração, a mágoa, e ler o salmo 91”, aconselhou Taques.

A última semana não trouxe boas notícias para o projeto de reeleição do governador, que se encontra com sua base política “rachada”. O ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), que apoiou a eleição do Chefe do Executivo em 2014, disse que se irá se filiar ao DEM - mesmo partido de Júlio Campos, que vê com bons olhos a candidatura de Mendes ao Governo do Estado. O ato deverá ocorrer no próximo dia 23 de março e contará com a participação do presidente nacional da sigla, o deputado federal Rodrigo Maia.

Oficialmente, Mauro Mendes afirma que ainda não se posicionou sobre o assunto, porém, nos bastidores, sua candidatura ao Governo de Mato Grosso é tida como questão de tempo. Outro “aliado” que vem apresentando insatisfação com a condução do poder executivo é o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), que estaria fazendo “jogo duplo” com grupos dentro do partido que não querem apoiar a reeleição de Taques.

Um dos trechos do Salmo 91 da Bíblia do Cristianismo revela que “Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti” numa metáfora à proteção contra as forças do mal. Com a debandada de aliados de sua base, o grupo de Taques parece esperar pela “providência divina” para mudar o cenário que se desenha nas eleições de 2018.





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