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Politica MT
Terça - 03 de Abril de 2018 às 16:24
Por: Olhardireto

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Investigado na operação ‘Bereré’, que apura esquema que desviou R$ 30 milhões do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), o deputado estadual Romoaldo Júnior (MDB) esteve na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para prestar esclarecimentos na tarde desta terça-feira (3) e afirmou não ter nenhum envolvimento na fraude.“Nunca nem passei nem perto do Detran, só fui lá para fazer carteira de motorista. Tanto que me dispus a vir o mais rápido possível até para esclarecer. Não tenho nada a ver com essa história. Só fiquei sabendo desse cheque agora. Até o próprio Gaeco sabe que não estamos envolvidos nisso”, disse o parlamentar a imprensa ao chegar na sede do Ministério Público.

O deputado é investigado por um cheque no valor de R$ 33 mil que foi repassado ao seu chefe de gabinete, Valdemir Leite da Silva. Em depoimento ao Gaeco, o servidor da Assembleia Legislativa confirmou ter trocado um cheque do empresário Rafael Yamada Torres, sócio da Trimec Construções e Terraplanagem. Rafael é apontado como uma das pessoas responsáveis pela lavagem do dinheiro desviado.

Questionado, o parlamentar disse que o cheque não chegou até ele e que os pagamentos das contas do gabinete eram feitas pelo Valdemir Leite, que já prestou esclarecimentos e aguarda a microfilmagem para recordar de onde veio o cheque.

“A origem deste cheque foi o Rafael Yamada em 2013 e foi parar na mão deste Valdemir que sacou. Ele nos recorda por meio de microfilmagem e eu tenho certeza que ele vai esclarecer, por que este cheque não chegou até a mim”, explicou o parlamentar.

“Trouxe a procuração confirmando que é ele é chefe do meu gabinete e que ele que faz os pagamentos do gabinete. É uma pessoa séria, descente e ele já colaborou e disse que está só aguardando as microfilmagens para recordar da onde veio esta possibilidade”, disse.

Reeleição

O deputado também declarou que sua imagem pode ficar manchada pelo seu nome estar envolvido em uma investigação de desvio de recursos e destacou que ir ao Ministério Público o mais rápido possível para esclarecer os fatos minimiza os danos em sua campanha para reeleição.

“Em eleição tudo que falam de você pode atrapalhar, por isso você tem que ser rápido, vir logo e mostrar sua versão. E eu realmente não tenho nada ver com esta operação. Não conheço as empresas envolvidas e espero que tudo se esclareça. Acho importante o Ministério Público chamar todo mundo para esclarecer. Somos agentes públicos e toda vez que paira alguma dúvida, acho importante investigar até para tirar essa dúvida”, finalizou.

Além de Romoaldo, também estão sendo investigados na operação os deputados Eduardo Botelho (DEM), Mauro Savi, (DEM), Baiano Filho (PSDB), Wilson Santos (PSDB), Nininho (PSD) e José Domingos Fraga (PSD). O ex-deputado federal Pedro Henry também está entre os envolvidos, de acordo com o Ministério Público.

A operação Bereré é um desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.Dentre os supostos crimes cometidos estão organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Ex-chefe de gabinete de Silval

O ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio César Correa Araújo também foi ao Gaeco nesta tarde para prestar esclarecimentos sobre a fraude investigada na operação Bereré. Silvio César, em sua delação havia citado o envolvimento do ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes, o ‘Doia’ e o desvio de aproximadamente R$ 1 milhão para pagar deputados estaduais.





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