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Politica MT
Quinta - 05 de Abril de 2018 às 16:01
Por: Diego frederici/Folhamax

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A defesa do deputado estadual José Domingos Fraga (PSD) apresentou um atestado médico justificando seu não comparecimento ao depoimento agendado para a manhã desta quinta-feira (5) no Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) sobre o esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no Detran de Mato Grosso. Ele é investigado em razão de um assessor parlamentar ter recebido em sua conta bancária depósitos de Claudemir Pereira dos Santos, sócio de uma empresa fantasma que lavava o dinheiro desviado do órgão.

José Domingos deveria prestar o depoimento as 10h desta quinta-feira na sede do Gaeco, em Cuiabá. Ele é suspeito de receber R$ 100 mil, por meio de um assessor parlamentar, do Claudemir Santos, um dos sócios da Santos Treinamento.

Não há informações sobre o problema de saúde que acomete o deputado estadual. Os fatos são investigados na operação “Bereré”, deflagrada pelo Gaeco no dia 19 de fevereiro de 2018.

Uma nova data será agendada para que o parlamentar preste os esclarecimentos. No depoimento, Fraga revelará que o cheque que apareceu em conta de seu assessor por meio de um outro parlamentar.

Na tarde desta quinta-feira deverão ser ouvidos o assessor do deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), Luiz Fernando da Silva Flaminio, e Maria de Fátima Azoia Pinoti, sócia de uma empresa que teria recebido R$ 30 mil de Claudemir Pereira. Os recursos, segundo depoimento do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), José Riva, foram repassados a prefeita afastada de Juara, Luciane Bezerra (PSB), e seu marido, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB). Maria é prima de Luciane.

Além deles, o também deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que iria depor na última quarta-feira (4), também deve prestar esclarecimentos nesta quinta-feira. Wilson alegou que não compareceu ao depoimento porque estava em sessão na Assembleia Legislativa.

ESQUEMA

Além de Zé Domingos Fraga, os também deputados estaduais Romoaldo Júnior (MDB), Wilson Santos (PSDB), Baiano Filho (PSDB) e Ondanir Bortolini, o “Nininho” (PSD), sofrem uma investigação autorizada pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), José Zuquim Nogueira, numa ação derivada da operação “Bereré”, que apontam desvios de R$ 27,7 milhões no Detran. O esquema, de acordo com o Gaeco, apura a atuação da EIG Mercados - empresa que presta serviços de registro de financiamentos de veículos em alienação fiduciária junto ao Detran de Mato Grosso -, e a Santos Treinamento, apontada como organização fantasma que lavava o dinheiro desviado pela EIG.





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