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Quinta - 05 de Abril de 2018 às 16:59
Por: Ilídio Luciano/Folhamax

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O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) esteve na tarde desta quinta-feira na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) para prestar depoimento sobre um cheque de R$ 19,6 mil que teria recebido do presidente da Assembleia Legislativa Legislativa, Eduardo Botelho, que era um dos sócios da empresa Santos Treinamento investigada na “Operação Bereré”. Os valores teria sido utilizado para pagar despesas de sua campanha nas eleições de 2010.

O cheque investigado, supostamente teria sido repassado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, que na época era um dos sócios da empresa Santos Treinamentos. A empresa, segundo as investigações, era usada para “lavar” o dinheiro desviado do esquema de corrupção do Detran.

O deputado negou qualquer prática ilícita em sua campanha e lembrou que suas contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. “Vocês estão equivocados, eu apresentei todo o balanço da campanha eleitoral de 2010 e todas as contas foram aprovadas pelo TRE. Não houve nenhuma doação de dinheiro ilícito”, garante.

O deputado tucano nega qualquer envolvimento com a Santos Treinamento. Ele ainda “minimizou” o valor que teria recebido diante do volume que teria sido desviado, que é de R$ 27 milhões. “O que eu tenho a ver com essa empresa? Deixe eu ter acesso a esse cheque, parece que é R$ 19,6 mil. No montante que está sendo investigado, que é quase R$ 30 milhões, isso representa 0,1%. O cheque não é meu, eu não tenho nada a ver com essa empresa Santos Treinamento. O Botelho não deu esse cheque para mim”, afirmou o deputado ao chegar ao Gaeco.

Segundo a invetigação, o cheque passado a Wilson Santos, através do irmão Elias Santos, fazia parte do lote de mais de 100 cheques que estão sendo investigados pela Operação Bereré, que seriam provenientes do esquema fraudulento. Elias Santos, inclusive, também é citado na investigação da Bereré por ter recebido 14 cheques de Botelho, totalizando R$ 60,7 mil.

O MPE suspeita que ele teria “lavado” dinheiro em favor de Botelho. O deputado, porém, quer ter acesso a toda documentação antes de se pronunciar sobre as investigações. “Eu só peço para que eu tenha acesso aos documentos oficiais, pois eu não tenho nenhum problema em prestar informações”, frisou.

Wilson é um dos cinco deputados investigados no desenrolar da “Operação Bereré”. Além dele, são alvos do Gaeco os deputados Ondanir Bortolini (PSD), Baiano Filho (PSDB), José Domingos Fraga (PSD) e Romoaldo Junior (MDB).

Eles teriam recebido cheques da Santos Treinamentos, empresa apontada como “fantasma” que teria sido utilizada para “lavar” os recursos desviados do Detran por meio do contrato com a EIG Mercados.





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