SEM RASTEIRA
Taques revela acordo para presidente do TJ assumir Governo durante período eleitoral Governador afirma que não prejudicará o deputado Eduardo Botelho, primeiro na linha sucessória

Em visita de inspeção às obras de duplicação da Avenida Filinto Müller na cidade de Várzea Grande na manha desta sexta-feira (6), o governador Pedro Taques (PSDB) descartou a possibilidade de prejudicar eleitoralmente seus “sucessores” no cargo. Isso porque, caso necessite deixar o Governo por uns dias, os substitutos imediatos ficariam inelegíveis nas eleições deste ano.

Este foi um dos motivos para o ex-vice-governador Carlos Fávaros (PSD) renunciar ao cargo. Pré-candidato ao Senado e articulando composição com o grupo de oposição, ele temia ser “surpreendido” com uma viagem de Taques e ter que assumir o cargo, ficando assim impedido de disputar as eleições.

Porém, Taques descartou que agirá desta maneira. Inclusive, falou que existe um acordo para que o desembargador Rui Ramos Ribeiro, presidente do Tribunal de Justiça, assuma o cargo, caso se afaste. “Depois do dia 7, com certeza o Botelho será candidato à reeleição e nós vamos tratar disso. Se for necessário me substituir, quem assume em meu lugar é o Presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rui Ramos. Isso já está combinado para que não tenhamos nenhum tipo de problema”, esclareceu.

Taques voltou a comentar sobre a renúncia do vice-governador. Sem críticas, considera a atitude de Fávaro “legítima”. “Quero expressar meu respeito ao ex-vice-governador Carlos Fávaro. Ele quer seguir um caminho ao Senado e cabe à ele seguir. Quero dizer que o tempo que ele exerceu a vice-governadoria, o fez com muito respeito e dedicação e vai seguir seu caminho, isso faz parte da política”, assinalou.

O tucano afirmou ainda que não acredita que o vice migrará para a oposição, pois foi atuante e fez parte do Governo. “Mato Grosso não depende de pessoas, Mato Grosso depende do seu trabalho e do seu povo. Acredito que ele não fará oposição ao governo do qual ele fez parte até ontem”, declara.

SELMA ARRUDA

Sobre a filiação da juíza aposentada Selma Arruda ao PSL, do pré-candidato a presidência Jair Bolsonaro, o governador evitou maiores comentários. Ele teceu elogios a ex-magistrada e defendeu sua entrada na política.

“Eu recomendo que todas as pessoas de bem, homens e mulheres sérias, possam ajudar nesse momento que o Brasil vive. Vejam o exemplo da prefeita Lucimar Campos. Ela não precisava ser prefeita de Várzea Grande, mas ela está ajudando seu povo, quer trabalhar para as pessoas que ama. Isso é política, acredito que pessoas como a juíza Selma devem entrar para a política sim”