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Politica MT
Segunda - 09 de Abril de 2018 às 14:40
Por: Érika Oliveira/OlharDireto

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O suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços para o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) foi levado ao conhecimento do governador Pedro Taques (PSDB) antes que a Operação Bereré fosse deflagrada pela Polícia Federal. A informação foi dada pelo próprio governador, que disse não ter tomado providências pois o que existia era apenas “fofoca e fuxico”“A delação premiada foi feita no mês de fevereiro, a partir da delação não tem mais jeito de continuar com essa empresa, porque nós não podíamos antever. Nem a gloriosa imprensa investigativa de Mato Grosso sabia dados concretos sobre do que ocorreu no Detran. Que existia fofoca e fuxico existia, mas o MP não sabia, a imprensa não sabia, Ministério Público de Contas não sabia, a partir do mês de fevereiro deste ano nós passamos a saber e tomamos as providências”, disse o governador Pedro Taques, durante coletiva de imprensa concedida no Palácio Paiaguás.

A declaração do governador foi dada após ser questionado por um jornalista sobre a legalidade da intervenção decretada por ele, no contrato que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) havia firmado com a EIG Mercados para registro dos contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil, de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor no Estado. A empresa foi alvo da ‘Operação Bereré’ e é apontada como pivô do esquema que teria desviado R$ 27,7 milhões.

A intervenção, decretada com base em uma auditoria da Controladoria-Geral do Estado (CGE), não teve um parecer favorável da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Isto porque, de acordo com o procurador Igor de Araújo Vilella, a auditoria da CGE "não possui valor jurídico".

Quanto ao parecer da PGE, Taques limitou-se a dizer que as razões que o levaram a decretar a intervenção estão expostas no próprio decreto. “Eu fiz um decreto de cinco laudas, vocês leram esse decreto? Esse decreto elenca todos os motivos pelos quais nós rompemos e fizemos a intervenção”, assinalou.

Bereré

Durante a operação, mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho (PSB). O ex-deputado federal Pedro Henry é alvo também. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (PSB), é outro investigado.

A ação é um desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.





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