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Politica MT
Quarta - 11 de Abril de 2018 às 14:15
Por: Diego Frederici/Folhamax

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Os deputados estaduais Wilson Santos (PSDB) e Janaína Riva (MDB) travaram um debate acalorado na sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) na última terça-feira (10). Wilson, que atua como vice-líder do governador Pedro Taques (PSDB) no Legislativo, “desafiou” sua colega a renunciar ao mandato caso não fosse comprovado os desvios de R$ 56 milhões num esquema de fraudes em licitações na Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MTT).

O fato havia sido citado pela parlamentar. O deputado governista disse, inclusive, que se as fraudes na Seduc investigadas na “Operação Rêmora” em 2016, e que chegou a prender o secretário de Educação à época, Permínio Pinto (PSDB) -, fossem comprovadas, ele próprio, “renunciaria a seu mandato”. “Se realmente o que a senhora acabou de dizer aqui que houve um roubo um desvio de R$ 56 milhões na Seduc, na gestão Permínio/Pedro Taques, eu, Wilson Santos, renuncio o meu mandato semana que vem. Agora eu quero perguntar a senhora: a senhora renuncia ao seu mandato se a senhora faltou com a verdade nesse assunto?”, disparou Wilson Santos.

Janaína Riva, por sua vez, afirmou que o mandato de deputada estadual não lhe pertence e sim aos 48.171 mil eleitores que a escolheram como representante na Assembleia nas eleições de 2014. “O meu mandato eu não renuncio jamais. Porque ele não é meu. Ele é de 48.171 mato-grossenses. Ele não me pertence. Ele não é disponível como vossa excelência disponibilizou o seu agora”, rebateu Janaína Riva.

A deputada estadual explicou ainda que a denúncia de desvios de R$ 56 milhões durante a gestão de Permínio Pinto é do Ministério Público Estadual (MP-MT), coordenador do Gaeco. Ela ainda citou que consta nos depoimentos de empresários confessando a participação no esquema, como Giovani Guizardi, e Alan Malouf, apontado como um dos líderes da quadrilha detalhes de informações privilegiadas em licitações, além de liberarem o pagamento às empresas que prestavam serviços ao órgão, só após o recebimento de propina.

Neste momento, foi a vez de Janaína Riva provocar seu colega no parlamento, indagando Wiilson Santos que, se caso confirmado os boatos de que um acordo de colaboração premiada de Alan Malouf no Superior Tribunal de Justiça estaria para ser homologado, o deputado estadual também renunciaria seu mandato em razão da “vergonha” de ter defendido a gestão Pedro Taques no Poder Legislativo. Riva disse que Pedro Taques teria recebido dinheiro vivo das mãos de Malouf a título de “Caixa 2” na campanha eleitoral. “Agora eu desafio vossa excelência: se homologada a delação de Alan Malouf no STF como se comenta, de que o seu governador recebeu dinheiro, das mãos dele, de caixa 2, que o seu governador sabia, aí sim, eu se fosse líder, como vossa excelência, renunciaria, porque eu teria vergonha de ter defendido, como vossa excelência, com tanta afinco, um governo que está denunciado em tantos esquemas”.





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