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Quarta - 22 de Agosto de 2012 às 17:17

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Iwi Onodera/EGO
Amanda Sampaio, candidata transexual do concurso Miss Bumbum, posa no Club Hotel Cambridge, no centro de São Paulo
Amanda Sampaio, candidata transexual do concurso Miss Bumbum, posa no Club Hotel Cambridge, no centro de São Paulo
Foram quatro anos de economia até que Amanda Sampaio, a candidata transexual da segunda edição do Miss Bumbum, juntasse os US$ 7 mil para fazer a operação de mudança de sexo em Bangoc, na Tailândia, em 2007.

Nesse período, Amanda  - que posou para o EGO no Club Hotel Cambridge, na região central de São Paulo - conta que trabalhou como cabeleireira e até fez programas para conseguir o dinheiro. "Não passei dificuldade porque minha mãe me ajudou. Se soubesse (como era boa a sensação pós-cirurgia), tinha feito a operação antes", diz ela que hoje trabalha como gogo girl em uma casa noturna e é gerente de outra, ambas na capital paulista.

Em maio de 2010, ela adotou oficialmente o nome de Amanda Sampaio. O nome masculino que constava em sua certidão de nascimento, com jeitinho, a transex se recusa a falar.

 

Amanda Sampaio, candidata transexual do concurso Miss Bumbum, posa para o EGO (Foto: Iwi Onodera/EGO)
Amanda Sampaio, a transexual do Miss Bumbum
(Foto: Iwi Onodera/EGO)



 

Ela, que nasceu em Itaberaba, na Bahia, conta que sempre soube que era diferente. Com cerca de 5 anos, idade em que os meninos estão às voltas com bolas e carrinhos, ela brincava de boneca e de casinha e só tinha amiguinhas. “Quando minha mãe estava grávida de mim, queria muito uma menina. Tive a alegria de dar a ela a menina que ela queria”, diz Amanda, que é a caçula de uma família com mais dois irmãos e uma irmã.

Com 15 anos, ela diz que tinha vergonha de ver seu pênis no espelho. “Eu não me via naquele corpo”, fala Amanda, que namora há dois anos um personal trainer.

Segundo Amanda, o namorado, que ela prefere não identificar, nunca havia se relacionado com um transexual. Ela diz que foram necessários dois meses de namoro até que eles transassem pela primeira vez. “Ele me disse que era mais apertadinho (comparado a relação sexual com outras mulheres)”, contou.

De olho no título e na fama que o concurso – que acontece em novembro em São Paulo - pode proporcionar, Amanda revela que começou a pegar mais pesado na malhação nos últimos três meses. “Tenho malhado quatro vezes por semana, por uma hora e meia. Fazendo muitos exercícios para o bumbum”, fala ela, acrescentando que também se submete a sessões de drenagem linfática.

Louca por refrigerante, ela também cortou o item de seu cardápio. “Eu era viciada. Morro de vontade, mas não tomo”, frisa, com força de vontade.

Amanda diz que os elogios que recebia dançando como gogo girl a levaram a se inscrever no concurso. “Danço de roupa curta e todo mundo falava que o meu bumbum é muito bonito. Daí resolvi participar”, afirma ela que diz ter se inspirado na transexual Jenna Talackova, que participou do concurso Miss Universo no Canadá em maio deste ano. Se ganhar o título de Miss Bumbum, Amanda pensa em aproveitar a fama para tentar uma carreira artística, mas confessa não saber fazendo o quê.

A transex assume que, além de cuidar do corpo, também está pronta para enfrentar as críticas das outras candidatas. “Já vieram falar que não é justo eu concorrer, porque não tenho celulite”, diz Amanda, fazendo referência ao senso comum de que homens, em geral, não sofrem deste mal. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o homem pode até ter celulite, mas é mais raro, pois o problema está fortemente relacionado ao hormônio estrogênio, presente em maior quantidade nas mulheres, e que Amanda tem de tomar periodicamente.





Fonte: Do EGO

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