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Quinta - 28 de Março de 2019 às 16:29
Por: Fabiana Mendes/Olhar Direto

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Raquel de Brito, 23, e Francisca Cabrera, de 52.
Raquel de Brito, 23, e Francisca Cabrera, de 52.

Dados contabilizados entre sábado (23) e a última terça-feira (26) apontam que três mulheres foram mortas por homens em Mato Grosso. Os casos foram registrados em Peixoto do Azevedo (a 696 quilômetros de Cuiabá), Primavera do Leste, (a 231 km de Cuiabá) e União do Sul (a 645 km de Cuiabá).

Nesta terça-feira (26), uma mulher identificada como Francisca Cabrera Gonzalez, de 52 anos, foi assassinada com um tiro de espingarda em União do Sul, dentro de seu sítio. O principal suspeito é o marido, Aparecido da Silva Ferreira, 46, mais conhecido como ‘Cidão’, com quem vivia há três anos. Depois do crime, o suspeito saiu do local dizendo que iria se matar, e não foi mais visto.

Rosângela Alves de Souza, de 39 anos, foi degolada pelo marido, Marcelo Delguingaro da Silva, 34, por ter gritado com ele, na noite do último domingo (25), em Primavera do Leste. De acordo com a Polícia Civil, o fato aconteceu na Fazenda Cajuru, onde o corpo da vítima foi encontrado com lesão causada por arma branca, na região da garganta, dentro de um dos quartos, em uma das residências da propriedade agrícola. Uma criança de oito anos teria presenciado o crime. O suspeito está preso. A reportagem não conseguiu encontrar foto da vítima.

Na madrugada no último sábado (23), uma jovem de 23 anos identificada como Jeane Raquel de Brito foi assassinada a tiros durante uma discussão com um suspeito ainda não identificado. O homicídio foi registro na Rua Pedro Álvares Cabral, no bairro Jerusalém, em Peixoto do Azevedo.

Feminicídio

Em 2018, quase 50% dos casos de morte de mulheres no Estado foram motivados pelo simples fato de serem mulheres. Segundo um levantamento inédito feito pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) junto às delegacias, de janeiro a dezembro do ano passado foram registrados 38 casos de feminicídio no estado.

De acordo com a lei, é definido como feminicídio “o assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino”, isto é, quando o crime envolve: “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.

Mulheres vítimas de qualquer tipo de violência devem procurar a delegacia mais próxima para registrar a ocorrência. Além disso, o estado de Mato Grosso conta com sete unidades especializadas de atendimento à mulher, localizadas em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Barra do Garças, Cáceres, Rondonópolis, Tangará da Serra. O registro é importante para que as autoridades policiais possam, inclusive, pedir ao Judiciário medidas protetivas contra o agressor, de acordo com a necessidade.

Em caso de descumprimento da medida, a vítima é esclarecida a procurar com urgência a delegacia para que o Judiciário seja informado e adote medidas que vão desde o uso de tornozeleira eletrônica até prisão preventiva do suspeito.

A Central de Atendimento à Mulher “180” (nacional) é uma ferramenta de denúncias anônimas de violência contra a mulher. O número local da Polícia Civil para denúncias é 197 para a região metropolitana, e 181 para o interior. A ligação é atendida pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp).





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