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Meio Ambiente
Sexta - 07 de Junho de 2019 às 10:28
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Do total de 18.654 pontos de queimadas registrados desde o início de janeiro deste ano até a última quarta-feira (05) em todo país, Mato Grosso foi responsável por 4.558 focos (24,43%). A quantidade representa um aumento de 54% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 2.953 focos de calor no Estado.

Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) e reforçam a preocupação com o início do período de estiagem e que fica mais intenso entre os meses de julho e setembro. Para tentar amenizar, as autoridades públicas ligadas ao meio ambiente tendem a proibir a queimada nas áreas rurais, geralmente, a partir de 15 de julho até a segunda quinzena de setembro, podendo ser prorrogado.

Os números do Inpe, disponibilizados no site do órgão, mostram ainda que em relação a 2017, ocorreram 3.126 queimadas no território mato-grossense, o corresponde a uma queda de 5%. Já Nova Maringá é o município com mais registros, contabilizando 295 focos de calor, seguido por Nova Ubiratan (212) e Feliz Natal (195). No geral, Roraima ocupa o primeiro no ranking com 4.600 queimadas. Na Bahia, são 1.451 e no Tocantins 1.281 pontos.

No Estado, as ações de combate ao fogo tendem a priorizar os possíveis incêndios nas 46 unidades de conservação estaduais, como os que ocorreram em anos anteriores. Em setembro do ano retrasado, por exemplo, o Parque Estadual Serra Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade (533 quilômetros, ao Oeste de Cuiabá) foi atingido pelo fogo, que consumiu cerca de 3,8% da reserva, uma área estimada em mais de 5.800 hectares.

Um mês antes, outra área destruída foi o Parque Estadual do Araguaia, localizado, em Novo Santo Antônio (1.060 quilômetros da capital). Por lá, 12.000 hectares foram atingidos pelas chamas. Durante o período proibitivo, utilizar fogo para limpeza e manejo de áreas rurais é crime passível de seis meses a quatro anos de prisão, com autuações. Nas áreas urbanas, o uso do fogo para limpeza do quintal é crime o ano inteiro.

Vale lembrar que o tempo seco, quente e a umidade relatividade do ar abaixo do recomendado formam o cenário ideal para aumentar não apenas a incidência de queimadas ou incêndios seja no campo ou na cidade, como os riscos de problemas respiratórios nas pessoas, especialmente, crianças e idosos. Por isso, a orientação é de que os produtores evitem nesse período a prática de queimadas na limpeza do solo seja para preparo de plantio ou formação de pasto.

A dica é de que sejam adotadas outras medidas de manejo que são consideradas eficazes tanto nas atividades no campo como para o meio ambiente e a saúde da população. Para hoje, a Divisão de Meteorologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) informa que o Estado terá tempo firme e céu claro, poucas nuvens são esperadas em todo território e não há previsão de chuvas.





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