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Domingo - 12 de Julho de 2020 às 09:59
Por: Vitória Gomes/Mídia News

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Letícia Maia
Stefânia Ruwer faz bolsas e acessórios para vender por encomenda
Stefânia Ruwer faz bolsas e acessórios para vender por encomenda

Em tempos de pandemia, a advogada Stefânia Leandro Ruwer, de 33 anos, decidiu se reinventar e se dedicar a um talento da infância: o crochê. Hoje, ela eleva sua renda vendendo bolsas e acessórios artesanais na internet.

A mato-grossense, criada na pequena cidade de General Carneiro, se mudou para a Capital para ingressar no curso de Direito, na Universidade de Cuiabá (Unic). A jovem tinha o sonho de se tornar uma advogada e, inspirada pelo irmão mais velho que seguia a mesma carreira, ela estudou e se dedicou até alcançar o objetivo. Em 2010, se graduou na universidade e três anos depois iniciou sua jornada atuando como advogada.

“Eu trabalhei em diversos escritórios de advogados aqui em Cuiabá, nunca tive um próprio. Aprendi muita coisa durante esses anos, porém precisei mudar”, conta.

Virou um negócio muito prazeroso e lucrativo, em que consegui quintuplicar minhas vendas. Me fez repensar carreira e me reinventar

Apesar de amar a advocacia, Stefânia tinha outra paixão, que era a confecção de acessórios artesanais de crochê. Atividade paralela que nasceu como um hobby em sua vida, mas com o tempo ganhou grande espaço em seu cotidiano até virar um negócio alternativo.

Após sete anos de atuação no mercado de trabalho, foi neste período que Stefânia se viu em um momento de mudança e decisões.

Segundo ela, os últimos meses não foram fáceis de conciliar, principalmente por causa da pandemia, somado com situações da vida pessoal, que despertaram uma ansiedade que antes não era cotidiana.

Diante deste novo cenário, Stefânia, em junho, tomou a decisão de dar um tempo na carreira como advogada e se dedicar integralmente ao seu novo negócio, tornando-se empreendedora da sua própria marca de acessórios na internet.

“Eu nunca vou deixar de ser advogada, mas decidi me desvincular do escritório e seguir meu próprio caminho, com este novo empreendimento”, explica.

Crochê como terapia e profissão

“Sinto que me conecta comigo mesma”, com essas palavras Stefânia define sua relação com o artesanato de crochê. Ela começou a prática quando tinha apenas 9 anos em um cursinho de freiras ainda em sua cidade natal. A advogada brinca que naquela época a atividade era equivalente a aulas de balé na infância.

Apesar de ter começado cedo, ela não seguiu com o crochê, deixando o artesanato no passado por longos anos. Apenas há um ano retornou a paixão da infância, como um hobby terapeutico, após ter sido diagnosticada com depressão. O hobby a auxiliou em situações difíceis que passou a enfrentar em alguns momentos.

“Comecei a fazer bolsas ano passado, em maio, por causa de uma crise de depressão que estava. Cheguei a emagrecer bastante e comecei a fazer crochê pra passar o tempo e ocupar minha cabeça”, conta.

Letícia Maia

Stefânia Leandro Ruwer

Stefânia tem mais de mil seguidores no Instagram, onde vende seus produtos

Foi nessa época que amigos próximos começaram a notar o talento que Stefânia tinha para fazer os acessórios. Foram eles os primeiros clientes, antes mesmo que ela investisse no negócio oficialmente. Foi com essa reação em cadeia, em que conhecido de seus amigos gostavam das peças, que a artesã começou a receber suas primeiras encomendas, ainda em 2019.

Um mês depois, abriu o instagram para divulgar suas peças de crochê, Ginger Acessórios, mas começou a focar mais em suas produções no começo de 2020. Ela conta que no final do ano passado tinha pouco mais de 200 seguidores, mas, assim que começou a se dedicar aos posts da rede social, conseguiu atingir a marca de mil pessoas.

“Tem tanta gente com milhões de seguidores, mas, para mim, atingir a marca de mil seguidores foi muito importante, pois cada uma dessas pessoas consegui conquistar com meu trabalho”, afirma.

Por meses ela se manteve trabalhando como advogada e como artesã, mas com a chegada do isolamento social, durante a pandemia, o cenário mudou. As vendas, que ela achava que iriam diminuir, aumentaram de forma surpreendente, o que contribuiu para ela se afastar do escritório em que trabalhava para focar ainda mais no novo projeto.

“Virou um negócio muito prazeroso e lucrativo, em que consegui quintuplicar minhas vendas. Me fez repensar carreira e me reinventar. Tenho muita esperança de que vai crescer mais ainda”, diz.

Hoje, Stefânia recebe encomendas pelo Instagram e pelo WhatsApp, fazendo delivery de seus produtos com todo o cuidado higiênico exigido durante o período da pandemia.

Além disso, agora, além de bolsas de crochê, a artesã confecciona kit de higiene, chaveiros, porta-canetas, porta-canecas, entre outros produtos.

“Eu amo advogar, mas vi que posso ser artesã também e no momento é o que tem me trazido tranquilidade. Acredito, sim, que as pessoas deveriam procurar algum tipo de arte manual neste momento, crochê, bordado, pintura”, completa.

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