Técnicas de manejo do fogo são aplicadas no Pantanal de MT pela primeira vez para prevenir incêndios Em 2020, 4,350 milhões de hectares foram destruídos pelos incêndios florestais. O objetivo é evitar que isso ocorra novamente.
Equipe multidisciplinar vai aplicar técnicas de manejo do fogo no Pantanal — Foto: Silvio de Andrade
O projeto de Manejo Integrado do Fogo (MIF) como prevenção a incêndios florestais será aplicado no Pantanal mato-grossense pela primeira vez, por meio do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.
Em 2020, 4,350 milhões de hectares - 30% do bioma – foram destruídos pelos incêndios florestais. O objetivo é evitar que isso ocorra novamente.
O uso do fogo como aliado já é utilizado em todos os outros biomas no Brasil e em unidades de conservação dos Estados Unidos, África e Austrália. Em Mato Grosso, o projeto piloto acontece na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN Sesc Pantanal) e, em Mato Grosso do Sul, no município de Corumbá e na Terra Indígena Kadiwéu.
De acordo com os organizadores, o manejo reúne um conjunto de técnicas que trabalha com três pilares essenciais: a ecologia do fogo, a cultura do fogo e o manejo do fogo.
Os aborígenes adotam há muito tempo técnicas para manejo do fogo — Foto: Getty Images/BBC
Entre as técnicas que compõe o MIF está a queima prescrita, realizada ao fim do período chuvoso e início do período da seca. A ação simula uma queima natural com que as áreas de savana normalmente estão habituadas, e tem como um dos objetivos eliminar a vegetação seca para melhorar as condições de controle dos incêndios.
O projeto escolheu três áreas para aplicar as técnicas, considerando a prevalência da flora nativa e os diferentes níveis de inundação: RPPN Sesc Pantanal (MT) com inundação intermediária, Corumbá (MS) onde alaga muito, e Terra Indígena Kadiwéu (MS) que não alaga.
Em Mato Grosso, nesta primeira etapa de reconhecimento e definição das áreas na RPPN Sesc Pantana
Comentários