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Meio Ambiente
Domingo - 05 de Agosto de 2012 às 09:34

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Das 32,6 mil ocorrências de focos de calor registradas no país, mais de seis mil são em Mato Grosso, o que coloca o Estado no topo da lista. Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no ano passado o Brasil teve 20,2 mil focos, o que mostra um acréscimo de 61% em relação a este ano.

Mato Grosso teve ampliação do número de focos em 38%. Os satélites mostram que entre janeiro e julho deste ano foram 8.124 focos de calor, em oposição aos 5.184 registrados no mesmo período de 2011. Até agora, os municípios que tiverem maior número de focos de calor registrado são Nova Maringá, com 1.320 focos, Gaúcha do Norte, com 1.279, Nova Ubiratã, com 1.192, e Feliz Natal, com 1.011.

Os números apresentados já são superiores aos registrados em 2010, quando houve muitos incêndios de grandes proporções. No ano, entre os meses de janeiro e julho foram 7.888, 236 focos a menos que o ano atual.

Em segundo lugar no rol de estados com maior quantidade de focos, está o Maranhão, onde os satélites identificaram 5,6 mil. Os casos no Piauí, na Bahia e no Tocantins mantêm-se em torno de três mil ocorrências mapeadas pelos 11 satélites do instituto.

O coordenador do Monitoramento de Queimadas do Inpe, Alberto Setzer, explicou que, este ano, as condições climáticas estão mais propícias aos incêndios, diferentemente de 2011, cujo cenário foi mais úmido. No ano passado, o monitoramento de incêndios revelou um decréscimo de 56% das ocorrências em relação aos registros de 2010.

Apesar de confirmar a lógica de que quanto maior a estiagem, maior o número de focos de incêndio detectados, Stezer acredita que o fator econômico exerce também forte influência. Em um primeiro cenário, há a influência da economia sobre a atividade agrícola. Quando o mercado acelera o ritmo, com produtos como a soja sendo vendidos a preços considerados atrativos, os produtores sentem-se estimulados a aumentar as fronteiras agrícolas. E essa ação é feita basicamente a partir de queimadas.

Do total de focos identificados pelo Inpe, 55,5% estão concentrados nas regiões do bioma Cerrado, onde há registros, desde janeiro até hoje, de 18,1 mil ocorrências, seguidas pelas regiões do bioma Amazônia, onde estão concentrados 21,5% dos focos de incêndio, ou seja, pouco mais de sete mil ocorrências.






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