DURA DIGESTÃO
Ex-deputado diz que Emanuel se tornou um 'santo pesado' com escândalo do paletó

Presidente do Patriota em Mato Grosso, o ex-deputado federal Victório Galli disse que prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) vai enfrentar dificuldades para encabeçar uma disputa ao governo do Estado nas eleições de 2022. Na avaliação do político, o chefe do Executivo Municipal se tornou um "santo pesado" por conta do escândalo do paletó.

"Na minha opinião, o prefeito Emanuel Pinheiro vem fazendo uma gestão boa em Cuiabá. Se não fosse aquele episódio do paletó [ele conseguiria concorrer com facilidade]. Contudo, isso faz ele se tornar um santo pesado para colocar no andor. Embora isso tenha sido resolvido com a vitória para prefeitura, parece não ter feito diferença em Cuiabá, mesmo numa disputa acirrada", disse durante entrevista à rádio CBN Cuiabá, na manhã desta terça-feira (24).O comentário de Galli foi em relação ao vídeo em que Emanuel aparece recebendo maços de dinheiro e colocando no bolso do paletó, quando era deputado estadual em 2013. A gravação foi amplamente utilizada pelos adversários do emedebista durante sua campanha à reeleição e se tornou o maior desafio de sua equipe de marketing.

O assunto, inclusive, foi bastante explorado pelo apresentador Roberto França (Patriota), que acabou saindo derrotando na disputa pelo comando do Palácio Alencastro, no primeiro turno, em outubro do ano passado.

Apesar da polêmica, que inclusive ganhou repercussão nacional, o prefeito cuiabano conseguiu garantir mais 4 anos no comando da Prefeitura de Cuiabá em uma briga apertada com ex-vereador Abílio Brunini (Podemos), no segundo turno.

Nesse contexto, Galli ainda pondera que o fantasma do paletó pode até ter sido desbancado na capital. Contudo, defende que o assunto pode não ter sido superada pelos demais mato-grossenses. "Essa questão do Paletó na capital foi resolvida, agora falta no Estado. Agora, eu não sei se os mato-grossenses do Estado estão digerindo essa questão. Isso ele vai ter que avaliar para ver se será viável ou não", concluiu.