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Quinta - 02 de Setembro de 2021 às 09:44
Por: Emily Magalhães/Folha Max

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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que vai recorrer da decisão da juíza Gleide Bispo que determinou o retorno das aulas presenciais - no formato híbrido -, nas escolas da rede municipal a partir do dia 8 de setembro. As declarações foram dadas na manhã desta quinta-feira (2), em entrevista ao programa Tribuna (Rádio Vila Real 98.3).


A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual. Pinheiro, que cumpre agenda em Brasília desde quarta-feira, explicou que ainda não foi notificado sobre o retorno das aulas e que não conhece o teor da decisão.

Todavia, já anunciou que irá recorrer, pois considera temerário o retorno da aula presencial sem que os profissionais da Educação tenham concluído o ciclo de vacinação, com as duas doses já aplicadas. Ele lembrou ainda que a conclusão da vacinação dos servidores da Educação está próxima e o retorno das aulas está previsto para o início de outubro.

“Sobre essa decisão eu não fui notificado e não conheço o teor, porque falta apenas um mês para que todo o planejamento feito com cuidado e com critério possa ser completado. Eu decidi que 4 de outubro seria a volta das aulas híbridas porque já estaríamos com todos os profissionais vacinados, inclusive, respeitando os 15 dias da segunda dose. Infelizmente, talvez sem conhecimento de causa, veio essa decisão que eu não conheço, mas devo analisar e recorrer. Respeito o Ministério Público, a decisão dos poderes, mas eu tenho o direito de não concordar e recorrer”, disse o prefeito.

Além disso, Emanuel também acrescentou que considera a decisão exagerada e destacou que falta apenas um mês para concluir seu planejamento de retorno às aulas. “Eu considero um pouco exagerada a dosimetria da decisão, mas decisão judicial não se discute, se cumpre. Mas eu vou recorrer em respeito aos alunos e aos profissionais de educação. Eu não sou contra que volte, vamos para razoabilidade, falta um mês só. Qual é o desespero? Já foi um ano e meio. Estou fazendo tudo planejado. Eu já disse que vai voltar 4 de outubro as aulas híbridas, porque em Cuiabá só volta após todos os profissionais estarem vacinados”, pontuou.

Ao ser questionado se não é incoerente manter as aulas suspensas, enquanto libera o funcionamento das atividades econômicas e até de casas de shows, espetáculos e boate, Emanuel argumenta que "uma coisa não tem nada a ver com a outra". “Na educação, as atividades foram suspensas devido à pandemia, mas o ensino não foi suspenso. Nós fizemos todo o ensino remoto para evitar o prejuízo às nossas crianças. Os bares estão lotados e aqueles que estão descumprindo os decretos são notificados. O bar você vai uma ou outra vez, você não vai todos os dias no bar no mesmo período conviver com milhares de pessoas. Nós temos em Cuiabá 54 mil alunos e 7 mil trabalhadores diretos que convivem todos os dias na mesma unidade, isso é uma frequência. É um comportamento muito diferente numa unidade de ensino para uma pessoa que resolve ir à noite num bar. É uma comparação que no dia a dia não tem nada a ver uma coisa com a outra”, concluiu o gestor.





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