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Politica MT
Sábado - 11 de Setembro de 2021 às 09:21
Por: Folha Max

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Para o deputado José Medeiros (Podemos-MT), vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), poderia ter evitado a mobilização dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. "Se ele tivesse aberto o processo de impeachment contra o Alexandre de Moraes, isso aqui não estava acontecendo", disse Medeiros num vídeo gravado em Brasília, ao lado de um pequeno grupo de pessoas apoiadoras do bolsonarismo, todas vestidas de verde e amarelo.

Um vídeo com o parlamentar de Mato Grosso insistindo na tese de que é preciso “enquadrar” os ministros do Supremo e botá-los em seus devidos lugares, foi divulgado pelo portal UOL na última quinta-feira (9), mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o ex-presidente Michel Temer, recebeu conselhos para recuar dos ataques contra o Supremo, e divulgou um “manifesto de pacificação” no qual alegou que não teve 'intenção de agredir' poderes.

Na gravação, Medeiros reclama do Senado e dos ministros da Suprema Corte. “Nós não podemos hoje contar com o Senado, não adianta contar. Eu tenho dito: tudo isso que está acontecendo é por culpa do presidente Rodrigo. Se o Rodrigo tivesse aberto aqueles processos de impeachment, bastava um, se ele tivesse aberto o processo de impeachment contra o Alexandre isso aqui não estava acontecendo”, diz Medeiros que morador de Rondonópolis (212 km de Cuiabá) e sempre apoia toda e qualquer pauta bolsonarista, mesmo quando são acusações infundadas e ataques contra outros políticos ou instituições.

Para o pequeno grupo de bolsonaristas ele discursa como se falasse em nome de toda a população do Brasil. “Tudo que os brasileiros querem é o seguinte: voltem pra dentro do seu quadrado porque o que não pode é no momento em que está se discutindo o voto impresso os ministros se aboletarem de lá pra vir dentro da Câmara mudar voto de deputado. O que não pode é os ministros interpretarem a Constituição de forma tão elástica, que mude a legislação que foi votada sem receber um voto”, reclama.

Por fim, José Medeiros também relata que desde quando ocupava o cargo de senador já não concordava com as atitudes de alguns ministros do Supremo. Medeiros herdou uma cadeira de senador em janeiro de 2015 com a renúncia de Pedro Taques (SD), eleito governador, e chegou a ser cassado no final de julho de 2018 por ter participado de uma fraude na assinatura da ata alterando a ordem dos suplentes na disputa eleitoral de 2010. Contudo, recorreu e conseguiu continuar no cargo até o fim do mandato.

“Quando eu estava no Senado eu disse o seguinte: Barroso se contenha porque ele tinha dado uma entrevista dizendo que o papel do STF era contra majoritário, iluministra e representativo . Eu falei: o senhor se contenha, o senhor não recebeu um voto pra estar com essa história de representativo”, comenta o deputado

Sobre o tema voto impresso, que José Medeiros ainda faz discurso, vale ressaltar que em votação realizada no dia 10 de agosto, o plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, por 229 votos favoráveis, 218 contrários e uma abstenção, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, que tornaria obrigatório o voto impresso. Para que fosse aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos em dois turnos de votação.

A matéria foi arquivada, mas bolsonaristas como José Medeiros continuam inconformados com a derrota e insistem em falar em voto impresso para as eleições de 2022.





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