Mendes: “Defende VLT só quem tem intimidade com a corrupção” Governador de MT saiu novamente em defesa do BRT, que ele considera eficiente e mais barato

O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a criticar os agentes públicos que insistem em defender a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Cuiabá e Várzea Grande.

O modal com custo bilionário foi descartado pelo Governo de Mato Grosso em dezembro passado. Mendes trabalha, agora, para a implantação do BRT (ônibus de trânsito rápido).

“Hoje defende o VLT só aqueles que têm intimidade com a corrupção. Ele nasceu pela corrupção, e nós vamos enterrar esse veículo que representa a corrupção na nossa Capital”, disse o govenador em entrevista a Rádio Capital.

Questionado sobre a possibilidade do BRT ser apenas um projeto, bem como o VLT, Mendes garantiu que o modal deve sair do papel.

“No que depender de mim, sim. Tomamos uma decisão técnica, é um meio de transporte tão eficiente quanto o outro, se bobear melhor. Teremos um meio de transporte que irá custar menos e vai ser mais barato para o cidadão pagar”, afirmou.

Ele voltou a repetir que o modal terá custos inferiores – tanto ao Estado como ao cidadão.

“Eu pergunto pro cidadão: você quer pagar R$ 5 para andar de VLT ou R$ 3 para andar de BRT, sendo que ambos com a mesma qualidade?”.

“Eu tenho certeza que as pessoas não estão preocupadas com luxo, nome e muito menos preocupados em manter um VLT, que é filho da corrupção aqui no Estado de Mato Grosso”, completou.

A estimativa do Governo entre execução das obras e a aquisição da frota de ônibus é de um custo de R$ 622 milhões.

“Para de conversa fiada”

Durante a entrevista, Mendes ainda rebateu as recentes declarações do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), que é um defensor do VLT.

Emanuel afirmou em entrevista recente que “quem manda em Cuiabá é o prefeito” e que “o BRT dificilmente vai sair” do papel.

“Ele não manda sozinho em Cuiabá, como eu não mando sozinho em lugar nenhum. Há outros poderes como Ministério Publico, Justiça, Câmara de Vereadores. Vivemos em uma democracia e em uma democracia quem manda é o povo”, disse o governador.

“Ele é um empregado do cidadão e está lá para trabalhar pelo cidadão, e não fazendo birrinha. É lamentável esse tipo de comportamento”, emendou.