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Politica MT
Quinta - 30 de Setembro de 2021 às 06:15
Por: Wellington Sabino/Folha Max

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Mayke Toscano/Secom-MT

Embora continue evitando adentrar em assuntos e polêmicas relacionados à disputa eleitoral de 2022, o governador Mauro Mendes (DEM) é totalmente favorável à fusão entre DEM e PSL, situação que se for concretizada, formará o maior partido de direita no Brasil. Segundo o democrata, o excesso de legendas políticas no País, 34 no total, registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), impede que os eleitores conheçam melhor os candidatos e suas propostas em prol da sociedade.

Na análise do governador, a grande quantidade de partidos deixa transparecer que tudo não passa de um “comércio” criado e mantido para atender interesses individuais e nada republicanos. Em Mato Grosso, se a fusão prosperar, a “futura legenda” ficará com a maior fatia do Fundo Partidário e também levará vantagem no tempo de televisão durante as eleições. Isso, em tese, beneficiaria a provável candidatura de reeleição de Mauro Mendes.

No Estado, dentre os parlamentares das duas siglas, o único que sinaliza não acompanhar a nova legenda é o deputado federal Nelson Barbudo (PSL), que pretender acompanhar o presidente Jair Bolsonaro no partido que ele vier a se filiar.

Por sua vez, Mauro Mendes pondera que qualquer fusão de partido sempre resulta em algumas objeções por parte dos filiados, mas nesse caso, é facultado aos insatisfeitos, a opção de buscarem um novo partido. “A lei é muito clara quando funde dois partidos quem está nesses partidos tem liberdade para migrar, para tomar seu rumo, seu caminho se não concordar. Então, é possível que alguns que estão no DEM saiam, que estão no PSL saiam, mas a maioria vai ficar. Vai ser um grande partido”, comentou o governador durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá.

A fusão das duas legendas, segundo o governador, beneficiará a população. “Espero que seja um partido que realmente preste um serviço à sociedade que diga porque veio, nós brasileiros estamos cansados, enojados dessa quantidade de partido. Isso é loucura, não existe 38 linhas de pensamento que possa agrupar 38 grupos diferentes, não existe em nenhum lugar do mundo, isso é uma doidura que tem aqui. Parece que virou comércio, virou um mercado partidário. Ter 6, 8 ou 10 partidos vamos lá, mais do que isso foge a qualquer lógica, isso não é bom para a democracia”, ponderou o democrata.

Segundo Mauro Mendes, a iniciativa do PSL e DEM de se unirem criando um único partido, vai ao encontro desse pensamento popular. “Precisamos reduzir para as pessoas conhecerem melhor quem é quem, o que pensa cada um. Temos que dizer claramente o que pensamos, quais nossas grande propostas para o Brasil, para a política o que nos diferencia porque de sigla partidária eu e a maioria da população estamos de saco cheio”.

REELEIÇÃO

O governador também foi questionado sobre sua permanência na nova sigla a ser criada e de que forma isso pode influenciar em seu projeto de reeleição. Mas optou por desconversar. “Não estou preocupado com isso nesse momento. Meu foco tem sido administrar Mato Grosso, cuidar das obrigações que assumi de governar por quatro anos e entregar um Estado muito melhor do que encontrei”.

Conforme o democrata, uma expressiva parcela da população reprova a estratégia de acabar uma eleição e os representantes já darem início às tratativas para nova disputa. “Eu procuro não falar da minha eleição, se vou ou não ser candidato. Não penso nisso. Virei politico, mas sou um cidadão que daqui a pouco vai terminar meu mandato e vou voltar pra casa, eu ajo aqui como sempre pensei, quando estava lá como cidadão comum eu ficava puto de ver esses políticos que só ficam pensando em eleição, que mal acaba uma eleição e já começa pensar na outra”, criticou o democrata.

Em âmbito nacional, os apoiadores da fusão condicionam essa mudança a uma possível candidatura própria como uma “terceira via” para fugir da polarização entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nomes já dados como certos para a disputa presidencial.

O nome do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) é uma das possibilidades, pelo menos por parte de alguns simpatizantes ao ex-integrante do governo de Bolsonaro. “Ele se apresentou como candidato dentro do DEM e tem procurado construir essa candidatura e ver se tem viabilidade. Nenhum partido vai querer ter uma candidatura só por ter, tem que ter viabilidade ou acreditar muito que a proposta do partido não está representada por outros candidatos e ai coloca alguém para representar aquilo que pensa aquele partido e uma parte da sociedade”, comentou Mauro Mendes sobre as articulações do ex-ministro.





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