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Ciência/Pesquisa
Sábado - 13 de Novembro de 2021 às 06:33
Por: R7 Notícias

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Reprodução/Instagram

Esqueça as injeções ou os sprays nasais para se vacinar contra a Covid-19. Cientistas do IPP (Instituto Politécnico do Porto), de Portugal, estão desenvolvendo um imunizante que poderá ser ingerido em um iogurte líquido ou no suco de frutas.

A vacina comestível será feita à base de plantas de frutos e probióticos (alimentos com micro-organismos vivos, que são bons para a saúde) modificados geneticamente. De acordo com Rúben Fernandes, biólogo do Laboratório de Biotecnologia Médica e Industrial do IPP e responsável pelo projeto, o diferencial dessa vacina em relação aos imunizantes convencionais é que ela vai estimular a imunidade, e não a neutralização do vírus.

"Ambas as vacinas são produtos preventivos, mas neste caso a vacina, vou dizer, convencional neutraliza uma infecção e a vacina comestível tem a propriedade de potencializar as vacinas comuns”, disse ele à Agência Lusa de notícias.

A ideia surgiu no começo da pandemia, mas nos últimos seis meses o projeto começou a ganhar mais força. Os cientistas estão na fase de testes in vitro (nos laboratórios) e o próximo passo é começar os ensaios clínicos em animais, que serão ratos, peixes e uma espécie de minhoca.

Por enquanto o estudo segue apenas com a modificação de probióticos, para que a vacina seja viabilizada mais depressa. O biólogo afirmou que a expectativa é que ela se torne realidade entre seis meses e um ano. "Os probióticos são bactérias que podem ser rapidamente transformadas. Já fazer a vacina com os frutos demoraria mais tempo porque as plantas precisariam crescer e dar frutos para ser usados pela indústria e transformados em suco", explicou ele.

O projeto está sendo financiado por Fernandes, mas ele reconhece que na fase final terá de se unir à indústria alimentícia para que o imunizante chegue ao consumidor e seja produzido em larga escala.

O objetivo é produzir uma vacina que possa ser oferecida à população com preço mais baixo e de forma sustentável. O projeto visa produzir proteção contra a Covid-19, mas o pesquisador acredita que a descoberta possa ser eficaz também contra outras doenças infecciosas.





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