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Meio Ambiente
Domingo - 15 de Maio de 2022 às 08:58
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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A maioria dos incêndios no bioma “tem origem em alguma forma de ação humana”
A maioria dos incêndios no bioma “tem origem em alguma forma de ação humana”

Em Mato Grosso, o período de estiagem tende a concentrar o maior número de incêndios florestais do ano.

Contudo, entre janeiro a março deste ano, 43 (30,5%) dos 141 municípios mato-grossenses apresentaram percentual alto ou crítico de ocorrências de focos de calor, dados que levaram a Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental, ligada à Secretaria de Estado de Saúde, a alertar os gestores municipais para que intensifiquem as ações educativas e de prevenção às queimadas.

A intenção é buscar a redução do número de focos evitando, consequentemente, a piora na qualidade do ar, uma vez que os maiores registros queimadas no Estado estão associados à época da seca, que compreende os meses de maio a outubro.

Os números têm como base dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e constam em boletim do Programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluição Atmosférica (Vigiar-MT).

Do total, 51 (36,17%) municípios apresentam percentual mínimo de queimadas; 26 (18,44%) índice baixo; 21 (14,89%) médio; 8 (5,67%) alto; e 35 (24,82%) percentual crítico.

Dentre as primeiras com maior número de ocorrências estão Feliz Natal (88), Nova Maringá (83), Paranatinga (69), Brasnorte (61), Nova Ubiratã (59), Marcelândia (51), Querência (46), Gaúcha do Norte (44), Cáceres (37) e Porto dos Gaúchos (36).

Juntos, os 43 municípios somaram total de 1.248 ocorrências, ou seja, 79,44%, dos focos de calor (1.571) registrados no território mato-grossense, no primeiro trimestre de 2022.

“Neste sentido, orientamos aos Escritórios Regionais de Saúde e municípios, o monitoramento continuado desde indicador ambiental cujas emissões polui o ar e interferem negativamente na saúde respiratória população”, diz a secretaria, em nota.

O órgão estadual reforça ainda que, a criticidade desse período e a baixa umidade relativa do ar (URA), aumenta a probabilidade de ocorrência de incêndios florestais e que as emissões originadas destes, poluiu ar e interferem negativamente na saúde respiratória da população.

A intensificação das ações de prevenção se torna imprescindível por conta da pandemia ocasionada pela Covid–19.

“Orientamos ainda que, independente do grupo de risco, ao apresentar sintomas como (febre, dor de garganta, tosse seca, cansaço e dificuldade de respirar), procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação médica”, completa.

No momento, dados do Inpe apontam que Mato Grosso lidera o ranking de focos de calor registrados em todo país, com um total de 10.309 ocorrências de janeiro a 12 de maio.

No Estado, são 3.019 focos, o que corresponde a um aumento de 18% se comparado ao mesmo período de 2021, quando foram detectados 2.556 incêndios.

O Tocantins aparece em segundo com 687 ocorrências e, em terceiro, o vizinho Mato Grosso do Sul, com 645.

Conforme decreto nº 1.356/2022, o período proibitivo de queimadas na zona rural começa em primeiro de julho e segue até 30 de outubro próximo, no Estado.

O documento também declara estado de emergência ambiental entre os meses de maio a novembro de 2022, devido à alta probabilidade de ocorrência de incêndios florestais neste período. No perímetro urbano as queimadas são proibidas o ano todo.

Pela Lei nº 9.605/1998, provocar incêndio em mata ou floresta ou causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora, é crime com pena de detenção e multas.





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