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Agronegócios
Terça - 24 de Maio de 2022 às 06:43
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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A variação reflete de forma imediata sobre as intenções de confinamento em 2022, que reduziu 19% no comparativo abril 2022 com abril 2021
A variação reflete de forma imediata sobre as intenções de confinamento em 2022, que reduziu 19% no comparativo abril 2022 com abril 2021

O custo do confinamento de bovinos, em Mato Grosso, neste ano, está 38% maior do que o registrado em igual momento do ano passado, saindo de uma média de R$ 12,59 por cabeça por dia (cab/dia) para R$ 17,42 cab/dia.

A variação reflete de forma imediata sobre as intenções de confinamento em 2022, que reduziu 19% no comparativo abril 2022 com abril 2021 e 36,7% em comparação com o consolidado ano passado.

Os dados são do 1º levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Em números, em abril deste ano, os pecuaristas apontaram que pretendem confinar 529,9 mil animais.

Em abril de 2021, este valor estava estimado em 661,4 mil. Mas, no final do ano, o total de animais terminados no cocho somou 837,7 mil cabeças, em Mato Grosso.

Para o diretor técnico operacional do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), Bruno de Jesus Andrade, ano passado, as projeções de preço para o boi gordo apontavam um cenário lucrativo aos confinadores, algo que não acontece neste momento. "Ao analisar o preço futuro do boi gordo, temos arroba cotada a R$ 330. Considerando um custo estimado de R$ 340 por arroba produzida, o resulto hoje aponta para numa margem negativa", explica Bruno Andrade.

De acordo com o analista, os insumos para a nutrição animal são os que mais impactaram no aumento de custos, como o custo do milho, utilizado como ração, e dos chamados núcleos adicionados na dieta bovina.

Segundo o levantamento do Imea, além do custo dos insumos, a arroba do boi gordo e o preço dos animais para reposição estão entre os fatores decisivos para redução no volume de animais confinados.

A análise detalhada aponta que os produtores das regiões centro sul, nordeste, noroeste e médio norte do Estado estão mais otimistas e devem aumentar o volume de animais confinados, principalmente no médio norte mato-grossense. Mesmo assim, a baixa expectativa dos produtores do norte, do oeste e sudeste tiveram maior influência na estaística final das intenções de confinamento.

Segundo Bruno Andrade, as regiões onde são apontadas perspectivas de alta são justamente as que mais produzem grãos, facilitando o acesso dos pecuaristas e reduzindo os custos operacionais do confinamento.

ALTERNATIVA – O diretor técnico operacional do Imac, Bruno de Jesus Andrade, explica que em ano com cenários de incertezas e de alta nos custos produtivos, os produtores podem recorrer a ferramentas mais baratas, como intensificação de pastagens.

"De maneira geral, sempre é mais vantajoso o produtor iniciar o processo de intensificação com investimentos nas suas áreas de pastagens. Com isso, há uma melhoria na produtividade e ele envia para o confinamento ou semi-confinamento um animal melhor acabado, reduzindo o tempo de intensificação no cocho e os custos. Dependendo da qualidade das áreas, é possível fazer a terminação a pasto".





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