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Meio Ambiente
Sexta - 07 de Outubro de 2022 às 11:03
Por: Phillippe Watanabe/a Folha de S. Paulo

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O programa Deter registrou 1.454 km² de desmate no bioma, o pior registro para o mês de setembro no Governo Jair Bolsonaro (PL)
O programa Deter registrou 1.454 km² de desmate no bioma, o pior registro para o mês de setembro no Governo Jair Bolsonaro (PL)

A Amazônia teve o seu pior mês de setembro de desmatamento do histórico recente do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O programa Deter registrou 1.454 km² de desmate no bioma, o pior registro para o mês de setembro no Governo Jair Bolsonaro (PL).

O valor supera por pouco os 1.453 km² registrados em setembro de 2019, que era, até aqui, o pior setembro já registrados pelo Inpe.

A série histórica recente do Deter tem início em 2015.

Antes disso, já havia monitoramento do Deter, mas, pelo melhora nos sensores de detecção de desmate, não são válidas comparações com períodos anteriores.

Além disso, o desmate em setembro aumentou significativamente em relação ao mesmo mês de 2021, com um crescimento de quase 48%.

A derrubada registrada em setembro de 2022 equivale a mais de 900 parques Ibirapuera, em São Paulo.

O desmatamento em 2022 tem sido elevado.

De abril até agora, mais de 7,6 mil km² de Amazônia foram ao chão, com quatro meses seguidos com mais de 1.000 km² derrubados.

O Deter não tem como objetivo principal medir o desmatamento no bioma.

Sua função é detectar derrubadas quase em tempo real para auxiliar em operações de fiscalização dos órgãos ambientais.

Porém, a partir do Deter é possível observar tendências de desmate dentro de um ano.

Na Amazônia tem ocorrido uma sequência de dados negativos para o bioma.

Além do desmatamento recordista, o mês de setembro também foi o pior em queimadas em mais de uma década, segundo dados do programa Queimadas do Inpe.

Foram mais de 41 mil focos de calor na floresta em setembro deste ano.

A casa das 40 mil queimadas não era alcançada desde 2010, quando foram registrados mais de 43 mil focos de fogo no bioma.

Em agosto a situação não foi melhor e o desmatamento explodiu em relação ao mesmo mês do ano passado. F

oram derrubados 1.661 km² de floresta, aumento de 81% em relação aos dados de 2021, e o segundo maior observado em agosto no histórico recente do bioma.

O projeto Planeta em Transe é apoiado pela Open Society Foundations





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