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Meio Ambiente
Quinta - 13 de Outubro de 2022 às 10:09
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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O número é resultado da operação “Abafa Amazônia 2022”, lançada no último dia 14 deste mês, pelo Governo do Estado
O número é resultado da operação “Abafa Amazônia 2022”, lançada no último dia 14 deste mês, pelo Governo do Estado

O desrespeito ao meio ambiente tem seu preço.

Em Mato Grosso, propriedades rurais flagradas por queimadas irregulares e desmatamento ilegal foram multadas em pouco mais de R$ 14,3 milhões, ao longo de apenas uma semana.

O número é resultado da operação “Abafa Amazônia 2022”, lançada no último dia 14 deste mês, pelo Governo do Estado.

Nesta primeira etapa da “Abafa Amazônia”, as autoridades públicas ligadas ao meio ambiente buscam combater o uso irregular do fogo e degradação ambiental por desmate ilegal, na região Norte do Estado.

Conforme os dados divulgados na terça-feira (11) pelo Governo, nove propriedades privadas foram fiscalizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Do total, três imóveis rurais foram embargados.

Até o momento, 1.923 hectares de terra foram fiscalizados, sendo que o trabalho resultou ainda na apreensão de 2.233 peças de madeira de castanheira serradas, 440 cabeças de gado, dois tratores, quatro motosserras, três motocicletas e uma serraria móvel.

“Essas ações são possíveis, graças ao investimento do Governo de Mato Grosso e da excelente equipe composta por forças da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Sema e Força Nacional”, disse a comandante da operação, tenente-coronel Jusciery Rodrigues, por meio da assessoria de imprensa.

“Juntos, trabalhamos na responsabilização de quem não respeita a preservação do meio ambiente, em especial, durante o período proibitivo do uso do fogo”, completou.

Esta primeira fase da operação se estende até sábado (15 de outubro).

E, neste primeiro momento, 26 alvos foram definidos pelo Corpo de Bombeiros, com a participação de 41 efetivos da Sesp, Sema e Força Nacional.

“Antes de ir a campo, fizemos um monitoramento com satélites de alta tecnologia, por meio do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), e definimos 26 alvos com maior incidência de focos de calor, bem como áreas em que foram feitas supressão da vegetação”, afirmou.

Em Mato Grosso, o período proibitivo do fogo começou no último dia 1º de julho e segue vigente até o próximo dia 30 de outubro.

Até lá, fica proibido o uso de fogo em áreas rurais para limpeza e manejo durante estes meses, levando em consideração o risco de incêndios florestais de grande porte.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que Mato Grosso registra 26.069 focos de calor, desde janeiro até o último dia 10 deste mês.

A quantidade representa um aumento de 25% se comparado ao mesmo período de 2021, quando foram detectados 20.840 pontos de queimadas.

O Estado é o segundo no ranking nacional de incêndios florestais, perdendo somente para o Pará com 30.995 focos.

No acumulado por município, somente Colniza (1.065 km a Noroeste de Cuiabá) contabilizou 2.886 focos neste ano, o que representa um incremento de 106% em relação ao mesmo espaço de tempo de 2021, quando foram registradas 1.401 queimadas.

Vale reforçar que em áreas urbanas, o uso do fogo é proibido durante todo o ano.

Conforme informações do Governo do Estado, o Corpo de Bombeiros recebeu, ao longo de 2022, cerca de R$ 30 milhões diretos, além de outros R$ 30 milhões, para reforçar o combate a incêndios durante o período proibitivo.

O Estado soma R$ 165 milhões investidos para esta finalidade, desde o início da atual gestão.





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