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Sexta - 28 de Outubro de 2022 às 11:04
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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O padre Volnei, que disse ter sido ameaçado de morte após alugar salão paroquial a apoiadores de Lula
O padre Volnei, que disse ter sido ameaçado de morte após alugar salão paroquial a apoiadores de Lula

As eleições 2022 têm evidenciado a divisão do país e, por vezes, a opinião do outro deixa de ser respeitada, o que acaba gerando casos de intolerância política.

Na contagem regressiva para o fim do pleito neste domingo (30), o número de casos de ameaças, agressões e, até mesmo, morte, se sobressaíram nacionalmente, inclusive, em Mato Grosso.

O caso mais recente foi registrado em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá).

Na cidade, o padre Volnei Weber, da Paróquia São José Operário, registrou boletim de ocorrência após receber ameaças de morte devido à falsa informação de que a igreja realizaria uma festa para comemorar aniversário do candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a última quinta-feira (27).

O fato começou a partir de uma publicação, nas redes sociais, de um vídeo no qual o prefeito da cidade, José Carlos do Pátio (PSB), convoca à população a participar de um ato político em defesa da candidatura de Lula, a ser realizada no salão paroquial São José Operário.

O espaço paroquial sempre foi locado para diversos eventos.

Diante disso, houve o aluguel do espaço para a Prefeitura, mas sem a participação da igreja.

“O salão sempre foi locado para eventos, inclusive, eventos de política seja de direita ou esquerda. Mas, devido a esse quadro político polarizado, as pessoas estão com ódio no coração muito grande”, relatou.

Na terça-feira (25), o clima chegou ar ficar muito tenso, entre pessoas católicas, que não aceitavam a realização do evento.

Uma “carta aberta”, sem assinaturas, também chegou a circulou em vários grupos de whatsapp e perfis de rede sociais contra a realização do evento.

O documento apócrifo dizia que a realização do ato público era vista como uma “afronta a opinião particular dos paroquianos”.

Por conta de toda a confusão, o contrato de locação foi rescindido e o evento não será mais realizado no local.

O religioso recebeu telefonemas e mensagens de WhatsApp de cunho ameaçador.

No Estado, um dos casos que ganhou repercussão nacional foi o assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, 42 anos, após uma discussão política.

Ele foi morto pelo o apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Rafael Silva de Oliveira, 42 anos, na noite do dia 7 de setembro passado, em uma chácara em Agrovila, zona rural de Confresa (1.160 km a Nordeste de Cuiabá).

Os dois trabalhavam juntos no corte de lenha, em uma propriedade, e começaram a discutir sobre política.

A vítima estava defendendo o candidato Lula e, o autor do crime, Bolsonaro.

Na ocasião, Benedito Cardoso teria dado um soco no rosto de Rafael Silva e, em seguida, pegou uma faca.

O autor do crime, então, partiu para cima da vítima e tomou para si a arma branca. Benedito teria corrido e Rafael o perseguiu e começou a golpeá-lo pelas costas.

A vítima foi atingida com ao menos 15 golpes de faca.

Recentemente, o Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) ajuizou uma representação urgente, com fundamento no exercício do poder de polícia, contra dois estudantes universitários do campus Cuiabá, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

O fator motivador foi a organização de uma manifestação de cunho político, com a utilização de armas, dentro do campus.

A denúncia inicial chegou ao Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Mato Grosso (PRDC/MT), que recebeu prints de grupo de mensagens do aplicativo Whatsapp do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Estado de Mato Grosso, informando que um grupo de estudantes, denominado ACON-Jovem estaria organizando uma manifestação com o uso de armas.

Nas mensagens, um dos estudantes chama outros discentes, docentes e técnicos, para realizarem uma caminhada de forma pacífica.

Mas, ao final da mensagem, convoca aqueles que tiverem armas para levá-las na manifestação.





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