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Internacional
Sábado - 10 de Dezembro de 2022 às 07:36
Por: R7 Notícias

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Foi um sucesso a cirurgia do bebê da Nova Zelândia que precisava ter o coração operado mas enfrentava a resistência dos próprios pais, que são antivacina e não queriam que ele recebesse transfusões de sangue de doadores imunizados contra a Covid-19.

O procedimento ocorreu nesta sexta-feira (9) em um hospital de Auckland, em meio a um reforçado esquema de segurança nos arredores.

A advogada antivacina Sue Gray disse hoje que os pais do menor — que tem uma válvula cardíaca estreitada — disseram que a operação acabou e que o menor, que ele puderam ver após o procedimento cirúrgico, passa bem.

"Todos estão exaustos e [os pais], aliviados, porque a operação correu bem", disse Grey, que representa os responsáveis pela criança, ao jornal New Zealand Herald.

Embora as autoridades de saúde tenham informado que não darão detalhes da operação por questões éticas e de privacidade, o diretor interino dos serviços de saúde de Auckland, Mike Shepherd, disse que a prioridade é trabalhar junto com a família em prol da recuperação do bebê.

A operação ocorreu em meio a um protesto de mais de 50 ativistas antivacina, que se reuniram do lado de fora do hospital de Auckland para pedir que a cirurgia não fosse realizada.

Sheperd também confirmou que um dos manifestantes entrou no hospital sem autorização, o que motivou a polícia e os seguranças a redobrar a vigilância nas instalações, segundo a Rádio Nova Zelândia.

Na noite anterior ao procedimento, os pais do bebê se recusaram a entregá-lo aos médicos para que exames prévios à operação fossem feitos. Por isso, foi necessária a intervenção da polícia para levar a criança ao hospital.

Polêmica da cirurgia

A operação desse bebê de poucos meses atraiu a atenção mundial como resultado da batalha legal entre seus pais e o sistema de saúde da Nova Zelândia, que, na semana passada, solicitou a guarda do menor para que fosse operado.

Embora os pais não se opusessem à cirurgia e reconhecessem sua urgência, tinham proposto sua própria lista de doadores de sangue, com pessoas que não foram vacinadas contra a Covid-19.

Mas as doações de sangue na Nova Zelândia são gerenciadas pelo NZ Blood, órgão oficial que, durante a coleta, não pede às pessoas que indiquem se estão vacinadas contra a Covid-19 e garante que não há evidências de que o sangue das pessoas vacinadas aumente os riscos.

Na quarta-feira (7), um juiz do Tribunal Superior de Auckland determinou que a Justiça assumiria a custódia parcial do menor até 31 de janeiro de 2023, para prosseguir com a operação e até que os tratamentos pós-operatórios sejam concluídos.

O juiz do caso, Ian Gault, que ouviu as partes na terça-feira (6), decidiu que o bebê deveria ser operado sem demora e deu aos médicos o poder de decidir sobre as transfusões de sangue.





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