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Meio Ambiente
Sexta - 06 de Janeiro de 2023 às 15:30
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Mato Grosso, Pará e Amazonas representam 73% da área sob ameaça de derrubada em 2023, totalizando 8.582 km²
Mato Grosso, Pará e Amazonas representam 73% da área sob ameaça de derrubada em 2023, totalizando 8.582 km²

Entre os nove estados que compõem a Amazônia Legal, Mato Grosso está entre os três primeiros considerados mais críticos em relação ao risco de desmatamento ao longo deste ano de 2023.

O Estado, o Pará e o Amazonas representam 73% da área sob ameaça de derrubada em 2023, totalizando 8.582 km². Deste total, 1.780 km2 somente no território mato-grossense.

Pelo menos é o que aponta a plataforma de inteligência artificial PrevisIA, desenvolvida pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em parceria com a Microsoft e o Fundo Vale.

De acordo com o Imazon, a ferramenta já mostrou uma assertividade de quase 80% na previsão de desmatamento, em 2022.

Para validar o quanto a PrevisIA acertou, os pesquisadores cruzaram as áreas que a plataforma previu estarem sob risco de derrubada, entre agosto de 2021 e julho de 2022, com a devastação registrada pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, no mesmo período.

E o resultado foi que 78,2% da destruição ocorreram em até 4 km do indicado pela plataforma.

Para o Imazon, os dados mostram que os governos estaduais também precisarão agir para evitar que essa estimativa seja concretizada.

É o que garante que vem fazendo o Governo do Estado.

Dados recentes divulgados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) revelam que, nos quatro anos de gestão do governador Mauro Mendes (União), foram investidos R$ 180 milhões na prevenção e combate ao desmatamento ilegal e incêndios florestais.

Segundo a Sema-MT, o montante foi usado para aquisições, contratações, e insumos para operações ambientais em todo o território estadual.

Diante de investimentos como estes, no último ano, houve uma queda do desmatamento ilegal de 13,8%, em comparação com o período de 2019/2020, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A redução está acima da média nacional, que é de 11%.

Por meio dos alertas e monitoramento, é possível a identificação dos municípios que mais desmatam e as operações são intensificadas nestas regiões.

Quem desmata ilegalmente é multado, tem a área embargada e responde nas esferas administrativa, civil e criminal.

Nos quatro anos de gestão, uma área total de 1,2 milhões de hectares foi embargada.

Segundo o estudo, em primeiro lugar no ranking aparece o Pará (4.504 km2), seguido do Amazonas (2.298 km2) e de Mato Grosso (1.780 km2).

Em quarto lugar está o Acre, que, apesar de ser o segundo menor Estado da Amazônia Legal, apresentou a quarta maior área sob risco de derrubada na PrevisIA: 1.269 km².

Já o quinto maior território sob ameaça fica em Rondônia: 1.094 km².

“Desde o lançamento da PrevisIA, em 2021, nós estamos repetindo que queremos errar a previsão, porque nosso objetivo é que essa tecnologia seja usada para evitar que o risco de derrubada vire realidade. É para isso que trabalhamos a cada ano para aprimorar a ferramenta”, disse Carlos Souza Jr., pesquisador do Imazon, por meio da assessoria de imprensa.

“Em uma região tão extensa como a Amazônia Legal, pode direcionar as ações de fiscalização para os pontos sob maior risco pode torná-las mais eficazes com menor gasto público”, sugeru.





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