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Politica Brasil
Sexta - 13 de Janeiro de 2023 às 06:37
Por: Khayo Ribeiro/Gazeta Digital

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x-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) gastou R$ 183 mil para visitar Mato Grosso durante menos de 12 horas. Agenda no estado foi realizada no dia 18 de setembro de 2020 para entrega de títulos rurais na cidade de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá).

Conforme apurado pela reportagem, Bolsonaro chegou ao aeroporto de Sinop (500 km ao norte da Capital) por volta das 9h daquele dia. Contudo, retornou a Brasília no período da tarde, totalizando menos de 12 horas em Mato Grosso.

Durante discurso em Sorriso, Bolsonaro enalteceu o agronegócio elogiando o setor pelo fortalecimento da economia durante a pandemia da covid-19 e por gerar segurança alimentar no país e em Mato Grosso - que alguns meses depois ganhou a mídia nacional pela fila dos ossinhos.

Em sua fala, o então presidente disse que em Mato Grosso não teve a "conversa mole do fica em casa". O estado, que também ganhou repercussão nacional pela pandemia, passou por um dos piores momentos da crise sanitária com todos os leitos para covid-19 ocupados e longa fila de espera de pessoas infectadas.

À época da viagem, o Pantanal Mato Grosso enfrentava recorde de queimadas. No dia da visita a Sinop, o avião em que o presidente estava precisou arremeter na primeira tentativa de pouso por conta da fumaça. O fogo no Pantanal, contudo, ficou de fora do discurso de Bolsonaro.

Gastos

Nos custos gerais da viagem, o presidente derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na recente corrida presidencial gastou R$ 133.410 somente com hospedagem. Além disso, soma-se ao valor despesas com alimentação, combustível e locação de imóveis.

Apesar de a visitar ter sido realizada no dia 18, os custos com a viagem começaram antes. Isso porque, no dia 17, gastos com hotéis foram acrescentados ao cartão corporativo em posse do então chefe de Estado.

Dados do Portal Fiquem Sabendo, que vieram a público nesta quinta-feira (12), detalham a trilha de gastos do ex-presidente no estado.

Somente em um único estabelecimento, o Hotel Opuka, em Sorriso, Bolsonaro e sua comitiva gastaram R$ 21.056. Neste local, um quarto de luxo para casal pode ser reservado pelo valor de R$ 280. Assim, seriam necessárias o equivalente a cerca de 75 reservas para alcançar o montante total gasto.

Os gastos com hospedagem são acrescidos ainda pelo montante gasto com estadia no Imperial Palace, também em Sorriso. Neste hotel, foram gastos R$ 45.100 com hospedagem da comitiva presidencial.

Ainda no segmentos estalagem, outros 4 hotéis foram necessários para abrigar toda o grupo ligado ao presidente. No estabelecimento onde foram registrados mais gastos, o Ucayali Hotel, em Sinop, a conta final foi de R$ 51.912.

Neste hotel, a reserva da suíte master custa R$ 508. Assim, seriam necessárias mais de 100 reservas para totalizar o valor final de gastos. Quantidade de quartos que a hospedagem não possuí.

Também em Sinop, o Vie Hotel hospedou a comitiva bolsonarista por R$ 24.103. No local, o custo da suíte master é de R$ 600. Além dele, o Hotel São Francisco (R$ 1.020) e a Femag Hotéis (R$ 4.183) também receberam a equipe do ex-presidente.

Já no segmento alimentício, os gastos no cartão corporativo para o período da viagem foram de R$ 35.585. No Restaurante Comendador Vicente, anexo ao Vie Hotel, a comitiva gastou R$ 14.120. Já no Supermercado Machado foram R$ 10.187. No Costelão Restaurante foram R$ 1.390. E, por fim, em um microempreendimento a conta foi de R$ 9.888.

Outro custo que se soma à viagem foi com combustível, na ordem de R$ 166,30.





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