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Meio Ambiente
Sábado - 04 de Março de 2023 às 07:21
Por: Gazeta Digital

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Análise do Instituto Centro Vida (ICV) revela que quase 80% do desmatamento no Cerrado em Mato Grosso em 2022 foram realizados de forma ilegal, o que corresponde a uma área de 742 km². Cocalinho (923 km a Leste) foi o que mais desmatou. O estudo consta no Portal de Inteligência ICV e tem como base dados do Projeto de Monitoramento do Cerrado (Prodes Cerrado), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo o levantamento do Inpe, entre agosto de 2021 a julho de 2022, o estado registrou 742 km² de desmatamento no bioma. Apesar disso, o dado representa uma redução de 7,6% se comparado ao período anterior, de agosto de 2020 a julho de 2021.

“É um bioma importante que é conhecido como caixa d’água do Brasil e abriga nascentes de importantes rios, inclusive, os principais rios do Pantanal. Então é preciso encontrar formas de reduzir drasticamente a destruição desse bioma”, disse a coordenadora do programa de Transparência Ambiental do ICV, Ana Paula Valdiones.

O balanço mostra que Cocalinho teve 86 km² de sua área desmatada de forma ilegal. Já Ribeirão Cascalheira (51,5 km²) e Paranatinga (55,8 km²), municípios que estão em 2º e 3º lugar no ranking do desmatamento, a ilegalidade foi de 94% e 60%, respectivamente.

A maioria dos desflorestamentos (74,3%) é realizada em imóveis rurais inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Ainda, grande parte desse desmatamento ocorre em fazendas que têm áreas acima de 1,5 mil hectares.

Ana Paula salienta que pelo fato de os imóveis serem registrados, os órgãos ambientais têm acesso aos dados e informações sobre os responsáveis pelas propriedades e, por isso, são capazes de realizar ações de fiscalização e aplicar penalidades cabíveis.

“Além das ações de fiscalização, é importante que os acordos de combate ao desmatamento associado as cadeias da carne e de grãos sejam ampliados para o Cerrado, ajudando a proteger o bioma”, complementou.

Desmatamento nas áreas protegidas

As Terras Indígenas tiveram 20 km² de áreas devastadas mapeadas, sendo que a maior área desmatada foi a Wedezé, do Povo Xavante, em Cocalinho.

Já as Unidades de Conservação de Proteção Integral tiveram 9,2 km² de áreas desmatadas e a maior foi o Refúgio de Vida Silvestre Quelônios do Araguaia.

Brasil

No âmbito nacional, o total desmatado foi de 10.689 km² no mesmo período. O número representa um aumento de 25% na taxa anual de desmatamento do bioma.





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