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Meio Ambiente
Terça - 03 de Outubro de 2023 às 11:55
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Foto JN
Um incêndio ameaça o complexo turístico de cavernas Aroe Jari, em Chapada dos Guimarães. Bombeiros estão local
Um incêndio ameaça o complexo turístico de cavernas Aroe Jari, em Chapada dos Guimarães. Bombeiros estão local

Um incêndio ameaça o complexo turístico de cavernas Aroe Jari, em Chapada dos Guimarães (65 km ao Norte de Cuiabá).

O fogo começou na tarde de domingo (1º) e já consumiu aproximadamente 5 km de vegetação, nas proximidades da gruta esculpida em arenito e considerada a maior do país.

Equipes do Corpo de Bombeiros (CB) se deslocaram para o combate às chamas, com apoio de uma aeronave.

No local, os bombeiros avaliam a proporção das chamas e a melhor maneira de combate e controle do fogo, que, até o fim da manhã de segunda-feira (2), ainda destruía a vegetação no entorno da “Aroe Jari”, que conta com cerca de 1,5 km de extensão, trechos submersos e várias pinturas rupestres.

As primeiras informações dão conta que as chamas teriam começado em um cânion com vegetação densa, sendo um local de difícil acesso.

Também não havia informações sobre o que teria causado o fogo.

Além dos bombeiros, a Sala de Situação Central, em Cuiabá, também monitora a área com satélites de alta tecnologia para orientar as equipes em campo.

A Prefeitura de Chapada dos Guimarães informou que uma equipe da Defesa Civil também acompanha a situação.

A caverna Aroe Jari, também conhecida como Gruta das Almas ou Caverna do Francês, é um raro exemplo de caverna formada em rochas sedimentares siliciclásticas, sendo considerada a maior caverna esculpida em arenito cadastrada no Brasil.

Outras cavernas ocorrem nas proximidades, como a Lagoa Azul e Kiogo Brado. A região foi considerada área de preservação ambiental pelo decreto nº 99556/90, implementado pela portaria nº 09/97 do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.

PROIBIÇÃO – Desde 1º de julho deste ano, está proibido o uso do fogo em áreas rurais em Mato Grosso, conforme o decreto nº 259/2023, do Governo do Estado. A medida vale até 31 deste mês.

O documento prevê ainda situação de emergência ambiental entre os meses de maio e novembro, o que possibilita a mobilização de esforços governamentais para a prevenção e combate aos incêndios.

Também permite as contratações e aquisições necessárias ao período de alto risco de incêndios florestais.

Neste ano, o Governo do Estado está disponibilizando R$ 77,4 milhões para o combate aos crimes ambientais.

Já dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que, de janeiro ao início deste mês de outubro, Mato Grosso registrou 14.459 focos de calor, o que representa uma redução de 43% no número de ocorrências comparado ao mesmo período de 2022, quando foram contabilizadas 25.431 queimadas.

Contudo, essa quantidade coloca o Estado em terceiro lugar no ranking de incêndios, perdendo somente para o Pará, com 19.790 focos e o Amazonas, com 14.897 ocorrências.





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