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Agronegócios
Quinta - 14 de Dezembro de 2023 às 16:45
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Christiano Antonucci Secom - MT
Cerca de 1,35 milhão de hectares deverão ser cultivados nesse ciclo, em Mato Grosso
Cerca de 1,35 milhão de hectares deverão ser cultivados nesse ciclo, em Mato Grosso

Na última semana, a semeadura do algodão da safra 2023/24 iniciou em Mato Grosso, com 0,26% da área estimada para o ciclo já semeada, até o dia 8.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até essa mesma data, o plantio da soja não havia sido finalizado no Estado.

Cerca de 1,35 milhão de hectares deverão ser cultivados nesse ciclo.

Os analistas do Imea chamam à atenção para o volume de superfície já coberta com a cultura.

“O plantio se revela 0,14 pontos percentuais (p.p.) maior que o registrado na média dos últimos cinco anos, em Mato Grosso”.

Em relação às regiões do estado, apenas a sudeste iniciou os trabalhos a campo, com 1,14% da área projetada já semeada.

Cabe destacar que a região representa 56,39% da área total de primeira safra do estado, o que reflete na semeadura mais adiantada, se comparada com as demais regiões.

Além disso, de acordo com dados obtidos pelo Imea, as chuvas registradas durante a última semana estimularam o início dos trabalhos a campo na região.

O clima será um fator determinante para o avanço da semeadura no estado, uma vez que é necessário que o solo esteja úmido para que ocorra a semeadura.

De acordo com as previsões do NOAA, para os próximos dias, são esperados volumes de precipitações abaixo da média dos últimos anos, o que pode impactar no ritmo do plantio no estado.

ESTIMATIVA – Ainda de acordo com o Imea, a estimativa de área de algodão em Mato Grosso exibe aumento em dezembro, conforme dados divulgados no início do mês.

A estimativa de área para a safra 2023/24 do algodão, em Mato Grosso, é de 1,35 milhão ha, aumento de 3,21% ante a estimativa de novembro e de 12,60% quando comparado com ao registrado na safra 2022/23.

“Cabe ressaltar que há fatores ainda em aberto que podem influenciar na produtividade final do ciclo, como o percentual de área semeada dentro das condições consideradas ideais, os fatores climáticos, bem como a incidência de pragas e doenças no decorrer da temporada.

Diante do reajuste de área e a manutenção na estimativa de produtividade, a produção do algodão em caroço ficou em 5,78 milhões de toneladas, volume 2,91% superior ao registrado na safra 2022/23”, apontam os analistas.

CONTEXTO - O cenário de intenção de incremento na área é pautado, principalmente, pela estimativa de redução no custo de produção do cotonicultor, o que estimula os produtores a investirem no algodão.

Além disso, com o clima seco e quente afetando as lavouras de soja, muitos produtores, que já possuem o algodão como opção de segunda safra, estão optando em deixar de ressemear a oleaginosa para destinar essas áreas para o algodão, visto que a fibra, está mais competitiva em relação ao milho.

No entanto, cabe destacar que o clima pode influenciar no andamento dos trabalhos a campo do algodão, o que pode interferir na decisão final do cotonicultor no que se refere a real área a ser semeada.

Em relação à produtividade média do algodão em caroço para o estado, foi mantida a projeção de 284,35 @/ha, rendimento 8,61% inferior ao observado na safra 2022/23.





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