'Golpe do cashback': veja como não se tornar uma vítima Tudo começa com uma notícia falsa. O golpe promete a liberação de percentual de valores usados no cartão de crédito
Criminosos estão utilizando o nome do Procon-MT (Secretaria Adjunta de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor de Mato Grosso) para aplicar golpes contra pessoas que utilizam cartão de crédito, o chamado “golpe do cashback”.
Diante da situação, o órgão vinculado à Setasc (Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania) publicou um alerta a população e compartilha algumas dicas para não cair no golpe. Você sabe como funciona? O Primeira Página te explica.
“Golpe do cashback” prometem a liberação de percentual de valores usados no cartão. (Foto: Josi Dias/Setasc-MT)O que é cashback?
O cashback é uma prática comercial utilizada pelos fornecedores em que uma porcentagem da quantia gasta em compras é devolvida aos clientes. A devolução pode ser em forma de descontos, outros produtos ou em dinheiro, a depender da política da empresa.
Como funciona o golpe?
Tudo começa com uma notícia falsa. Nesse golpe, o dono do cartão recebe mensagens e anúncios pela internet com imagens de apresentadores de telejornais, informando que quem fez compras utilizando cartão de crédito pode ter direito a receber parte do valor de volta.
A fake news diz também, que esses valores foram escondidos pelas bandeiras de cartão de crédito e que o Procon estaria obrigando as operadoras a devolvê-los para os consumidores. Eles divulgam que os valores a serem resgatados podem chegar até R$ 4,5 mil.
Ao clicar na notícia/anúncio falso a pessoa é induzida a preencher um formulário onde são solicitados dados pessoais e do cartão de crédito.
Em seguida, os golpistas enviam um relatório, informando o suposto valor a receber e passando orientações para que o usuário do cartão pague uma taxa para liberar a quantia de cashback.
Na esperança de receber o valor, a pessoa paga a taxa de liberação, solicitada por pix ou transferência bancária, e acaba sendo vítima do golpe duplamente: primeiro, ao repassar os dados e os do cartão, que podem ser usados pelos golpistas para fazer compras e efetuar outras transações bancárias. Segundo, ao transferir o valor da taxa de liberação para os criminosos.
Desconfie
Para evitar cair em golpes como este, o Procon orienta para sempre desconfiar de promessas muito vantajosas e a não clicar em links duvidosos, vistos em redes sociais ou recebidos por mensagens de e-mails, SMS e WhatsApp, por exemplo.
Busque informações apenas nos canais oficiais e nunca forneça dados pessoais e bancários sem antes se certificar de que o site é confiável.
Caiu no golpe?
O consumidor que cair no “golpe do cashback” deve entrar em contato com sua instituição bancária e informar o ocorrido o mais rápido possível.
Se tiver realizado alguma transferência por PIX para os criminosos, o banco pode tentar recuperar esse valor, abrindo um procedimento chamado MED (Mecanismo Especial de Devolução) e, ainda, marcar a chave PIX como suspeita e até bloquear a conta do destinatário.
O Procon recomenda ainda a fazer um boletim de ocorrência, a bloquear/cancelar os cartões para evitar que eles sejam usados para compras indevidas.
Outros golpes
Outro golpe bastante comum envolvendo o cartão de crédito, é a mensagem via SMS falando sobre pontos do cartão que estão para vencer.
Da mesma forma como no golpe do cashback, a mensagem direciona para um link falso, onde são solicitados dados pessoais, de cartões e informações bancárias do consumidor.
Dúvidas e reclamações
Para esclarecer dúvidas, buscar orientações ou registrar reclamações, o consumidor pode procurar presencialmente uma unidade de Procon, localizada nos Ganha Tempo da Praça Ipiranga, CPA ou Assembleia Legislativa ou no Centro Estadual de Cidadania do Várzea Grande Shopping.
Tambpem é possível solicitar atendimento pelo WhatsApp (65) 3613-2100 ou utilizar a plataforma de reclamação online Consumidor.gov.br.
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