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Segunda - 25 de Março de 2024 às 15:21
Por: Vitória Gomes/Mídia News

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O governador Mauro Mendes (União) criticou estados que usam “jeitinho” para postergar o pagamento de dívidas com o Governo Federal.

Um país tolerante com a quebra de regras cria um mecanismo perdulário de ineficiência

A declaração foi feita durante entrevista à Jovem Pan News, nesta segunda-feira (25), após ele ser questionado sobre a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de renegociação das dívidas dos estados com a União.

Segundo o governador, esse tipo de brecha nas regras pode contribuir para a construção de uma cultura de endividamento no país.

“Um país tolerante com a quebra de regras cria um mecanismo perdulário de ineficiência e essa ineficiência da administração pública, que não faz a administração correta, traz graves consequências para o cidadão e para a sociedade brasileira”, disse.


“Existe narrativa de que vai gerar crescimento econômico, mas isso cria, sim, uma cultura de que regra, lei e até mesmo a constituição não precisam ser cumpridas porque ‘não dá nada não’. É lamentável na minha opinião”, acrescentou

Segundo ele, o endividamento público do país vem aumentando ao longo dos anos. E que, se assim seguir, a conta vai chegar em algum momento para os estados e para o Governo Federal.

"O tempo vai passando e vai sempre arrumando um jeitinho de postergar, muda regra aqui e ali... Poucos são aqueles que fazem um ajuste fiscal”, afirmou.

Mato Grosso

Mendes ainda reiterou que o Estado é um dos que tem o endividamento mais baixo no Brasil, em torno de 10% da receita corrente liquida de Mato Grosso.

De acordo com o gestor, isso se dá devido ao ajuste que foi feito no início do seu mandato, em 2019, quando houve um contingenciamento para equilibrar as finanças.

Apesar de não ter dívidas tão expressivas com a União, Mendes defendeu que a renegociação valha para todos os estados igualmente.

“Nós estamos em uma situação muito confortável, temos um endividamento pequeno, mas é claro que se for flexibilizar regras para quem deve muito, tem que flexibilizar também para quem deve pouco. Não é justo dar tratamento especial àqueles que não fizeram a lição de casa e aqueles que estão se esforçando não ter esse mesmo direito”, afirmou.

“Se o Haddad diminuir taxa de juros ou se ele alongar tem que fazer para todos. Garantindo isonomia e não privilégios para aqueles que estão com dificuldade”, completou.





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