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Quarta - 27 de Março de 2024 às 06:31
Por: Giordano Tomaseli/Midia News

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Servidora da Educação de VG abordou respeito e diversidade, mas virou alvo de ataques
Servidora da Educação de VG abordou respeito e diversidade, mas virou alvo de ataques

Uma servidora de uma escola municipal de Várzea Grande está sendo alvo de ataques nas redes sociais após discursar contra bulliyng e homofobia para os alunos da instituição. Uma pessoa gravou a fala e compartilhou na internet, o que gerou acusações de que ela estaria “doutrinando” crianças.

Durante a fala, a servidora, que é uma mulher trans, ressalta a importância de haver respeito entre os alunos e também para com os profissionais de educação, para que não haja discriminação. Ela falou sobre a diversidade e explicava porque é errado ter atitudes preconceituosas contra qualquer pessoa, seja qual for o tipo de preconceito.

“Se as pessoas não aprenderem a respeitar, pessoas como eu vão passar a sofrer e ficar doentes. As pessoas na rua vão julgar e xingar como se houvesse um direito para isso, mas não há”, disse a profissional.

Em outro momento da fala, ela explica aos alunos que homofobia é crime, resultando de um a três anos de prisão. Ressalta que qualquer tipo de preconceito não será tolerado na escola, passível de advertência aos alunos.


Nas redes sociais, a fala pedindo respeito bastou para que ela se tornasse alvo de ataques em publicações de políticos bolsonaristas, que disseram que a servidora buscava “doutrinar” as crianças. Entre os críticos estavam a deputada federal Amália Barros (PL), e os deputados estaduais Gilberto Cattani (PL) e Elizeu Nascimento (PL).

Discriminação e preconceito são, além de crimes, contrários aos valores que devemos instigar desde cedo

O sercretário municipal de Educação de Várzea Grande, Silvio Fidelis, defendeu a servidora.

“Ela abordou os diversos preconceitos presentes na sociedade, especialmente os relacionados à condição social, orientação sexual, etnia, raça e modo de falar. O intuito era fomentar o respeito mútuo entre os alunos, motivado também por relatos de bullying. Discriminação e preconceito são, além de crimes, contrários aos valores que devemos instigar desde cedo, visando uma sociedade mais justa e fraterna”, disse ele em entrevista ao site VG Notícias.

Fidelis também mencionou que determinou à equipe pedagógica da escola acompanhar os casos de bullying e desenvolver um plano de ação para prevenir situações que levem ao constrangimento ou à evasão escolar por medo ou sofrimento. Muitos internautas também apoiaram a fala da servidora.

“Não foi uma palestra! Essa servidora (que é muito querida pelo corpo docente e alunos) sofreu preconceito por parte de uma das crianças e com o apoio da escola fez uma pequena fala sobre transexualidade para esclarecer as crianças do porque ela é ‘diferente’”, disse uma internauta.

“Apenas falando sobre o que muitos pais não falam e não ensinam em casa: respeitar o próximo”, disse outro usuário.

Veja o vídeo:





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