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Polícia Brasil
Sábado - 14 de Julho de 2012 às 10:58

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A família da menina que agrediu uma colega de sala em São Pedro (SP) sofre ameaças desde que aconteceu a briga. A informação é da agressora e de sua mãe, relatada à reportagem do G1 Piracicaba e Região nesta quinta-feira (12). Segundo elas, moradores da cidade, alguns vizinhos, colegas de escola e até membros da família da agredida perseguem os parentes.

O caso diz respeito a um vídeo amador, gravado por uma terceira estudante da sala, que registrou a briga entre as meninas na Escola Estadual Luiz Grosso ocorrida há um mês. A agressora bateu e puxou o cabelo da colega. A discussão começou porque a agredida não permitiu que a garota visse sua sobrancelha. A agressora alegou na última quinta-feira (12) que a briga foi motivada por ciúmes de um menino que estuda na mesma sala.

Na avaliação do professor Pedro Faleiros, coordenador do curso de Pedagogia da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), as meninas vivem em um ambiente social em que todas as situações são resolvidas com violência. "Logo, elas tomam isso como modelo para resolverem seus conflitos", disse.

Estudante registra agressão a criança dentro da sala de aula em São Pedro, SP (Foto: Reprodução)
Estudante registrou agressão a adolescente dentro
da sala de aula em São Pedro (Foto: Reprodução)


 

Perseguição familiar
Segundo a mãe da agressora, a mãe e a avó da agredida tentaram atropelar dois de seus 14 filhos dias antes da briga na escola. “Minhas filhas tinham que chegar mais cedo na escola para não apanharem de outras meninas e de adultos. E isso acontecia antes do vídeo ir parar na internet”, afirmou.

Ainda segundo a mulher, a situação piorou após a discussão na sala de aula. Uma de suas filhas é constantemente confundida com a agressora pelo fato de serem gêmeas. “Um dia jogaram uma pedra nela. Sorte que não acertou. Não consegui ver quem fez isso”, desabafou.

A agressora, ouvida pelo Ministério Público em São Pedro na tarde de sexta-feira (13), disse que ela e seus irmãos são constantemente ameaçados por pessoas da cidade. “Tenho medo de sair na rua, pois não sei o que pode acontecer”, afirmou a menina.

Especialista defende diálogo
Para o professor Faleiros, o contexto social dificulta medidas pacíficas. “Uma solução para esta situação é que todas as partes, a escola, as meninas e os familiares sentem e conversem. Se tudo for resolvido com a violência, como a briga e as ameaças sofridas pela família da agressora, vira um círculo vicioso”, afirmou o pedagogo.

Outro lado
A mãe da menina agredida foi procurada pela reportagem do G1 Piracicaba e Região para responder as colocações da família da agressora, porém não houve retorno até a tarde desta sexta-feira (13).






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