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Sábado - 25 de Maio de 2024 às 10:15
Por: Dantielle Venturini/Gazeta Digital

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Mais de 6,1 milhões de mato-grossense já foram afetados por desastres naturais nos últimos 10 anos. Dados do levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), de 2013 a 2023, apontam ainda que o número de pessoas vítimas ao longo desses anos no Estado é equivalente a duas vezes a população total de Mato Grosso, que chega a 3,6 milhões. De acordo com o levantamento, mais de 1.600 pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas nesse período e os prejuízos somaram mais de R$ 20,2 bilhões. Os dados levam em consideração o fato de que uma mesma pessoa pode ser afetada por desastres mais de uma vez ao longo dos anos.

Segundo a CNM, entre os principais desastres que atingiram Mato Grosso, assim como o país, estão a seca, a estiagem e a chuva, já que representam o maior número de decretos nos últimos dez anos.

Em uma década, Mato Grosso teve 2.112 decretos de desastres, sendo que 1.262 foram por estiagem, seca e chuvas. Em 2017, o município de Campo Novo do Parecis (396 km a noroeste) sofreu com alagamentos causados por fortes chuvas. Na época, bairros inteiros ficaram alagados, e a estimativa da prefeitura era de quase 1 mil desalojados. As chuvas ainda causaram prejuízos aos produtores rurais que enfrentaram dificuldade para o transporte da soja. Na mesma época, outros municípios sofreram com as chuvas e inundações como Canabrava do Norte, Canarana, Luciara e, em algumas regiões, os moradores ficaram isolados.

Outros tipos de desastres também causaram muitos danos e prejuízos aos municípios afetados, como incêndios florestais e ondas de calor.

Em Mato Grosso, no ano de 2020, incêndios devastaram o Pantanal mato-grossense, causando a destruição de 30% do bioma e a morte de cerca de 17 milhões de animais vertebrados. Além disso, do total de áreas queimadas, 35% foram atingidas pela primeira vez.

Segundo especialistas, um evento de seca extrema, que tende a ser cada vez mais frequente não só na região, mas em outras partes do Brasil, foi o que agravou a crise do fogo no Pantanal em 2020.





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