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Meio Ambiente
Sexta - 26 de Julho de 2024 às 13:08
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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MT tem queda de 13% do desmatamento na Amazônia
MT tem queda de 13% do desmatamento na Amazônia

Mato Grosso está entre os três dentre os nove estados que fazem parte da Amazônia Legal que registram queda no desmatamento no mês passado. Em junho de 2024, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon, detectou 60 quilômetros quadrados (km²) de devastação na porção amazônica localizada no Estado contra 69 km² no mesmo período de 2023. O número representa uma redução de -13%.

Os demais estados com redução foram Rondônia (-23%) e o Maranhão (-13). Contudo, Mato Grosso também está entre os três que mais contribuíram (77%) pela destruição da floresta em junho passado, quando respondeu por 15% da destruição perdendo apenas para o Amazonas, com 140 km² (35%) e, o Pará, com 105 km² (26%).

Em toda a Amazônia, desde abril de 2023, vinha sendo registrada uma baixa consecutiva no desmatamento, tendo 14 meses seguidos de queda, segundo Imazon. Porém, os dados do mês de junho de 2024 mostraram um crescimento de 10% na derrubada se comparado com o mesmo mês de 2023, indo de 361 km² para 398 km².

“O período mais seco do calendário do desmatamento ocorre entre os meses de maio a outubro, historicamente os valores são mais altos durante esses meses porque o clima propicia a prática do desmatamento”, disse a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim, por meio da assessoria de imprensa. “A Amazônia apresentou uma sequência de 14 meses consecutivos de redução, agora houve um aumento de 10% da devastação. Ainda assim, a taxa é baixa quando consideramos a série histórica para o junho. Devemos observar os próximos meses, os órgãos responsáveis devem seguir com as ações de combate para garantir o não aumento do desmatamento”, completa.

Ainda no Estado, o município de Colniza (1.065 km a Noroeste de Cuiabá) está entre os 10 mais críticos, sendo responsável por 10 km² da derrubada. Dentre as unidades de conservação (UC) aparece a Reserva Guariba-Roosevelt, com 3 km² e, entre as terras indígenas, o território “Sararé”, com 0,3 km².

Já as florestas degradadas (vegetação permanece na área, mas em diferentes estágios de degeneração) somaram 111 quilômetros quadrados em junho deste ano na Amazônia, o que representa um aumento de 383% em relação a junho de 2023, quando a degradação detectada foi de 23 km². Neste caso, Mato Grosso respondeu por 62% do total, seguido do Pará (22%), Amazonas (11%) e Rondônia (5%).

Neste ano, o Estado previsão de destinar R$ 74,5 milhões para o combate de crimes ambientais em todo o território mato-grossense. O recurso é destinado para gestão compartilhada, monitoramento com satélites, responsabilização, fiscalização, prevenção e combate e proteção da fauna. Uma das ações é a operação “Amazônia”, colocada em prática por órgãos estaduais e federais, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

As equipes têm ainda como auxílio equipamentos de monitoramento em tempo real por satélite de todo o Estado e mantêm fiscalização contínua no local onde é identificado o crime ambiental.





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