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Policia MT
Terça - 22 de Abril de 2025 às 10:18
Por: Diário de Cuiabá

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Agentes do Gaeco prendem pessoas acusadas de grilagem de áreas urbanas em Cuiabá, sob as ordens do Comando Vermelho
Agentes do Gaeco prendem pessoas acusadas de grilagem de áreas urbanas em Cuiabá, sob as ordens do Comando Vermelho

Uma das maiores facções criminosas do país, o Comando Vermelho amplia seus esforços para aumentar sua área de atuação e angariar a simparia de setores carentes da sociedade.

Além do trafico de drogas, contrabando de armas, torturas, sequestro, execuções e lavagem de dinheiro, a organização criminosa passou a adotar estratégias dferentes, como a prática assistencial.

Como o DIÁRIO mostrou, uma dessas práticas é a doação de alimentos, remédios e outros itens de necessidade básica, como uma estratégia para conquistar a confiança, aliciar e influenciar comunidades carentes em Mato Grosso..

A outra é a grilagem urbnana, esquema por meio do qual o Comando Vermelho oferece condições para invasões urbanas, com a promessa de moradia a grupos de pessoas carentes.

Na sexta-feira (18), o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, realizou oito prisões em flagrante, durante o cumprimento de ordens judiciais, no âmbito da Operação Incursio Contra Terram.

A operação foi deflagrada para desarticular o planejamento e a execução da invasão de uma área pública, em Cuiabá.

A área está localizada nas proximidades da fábrica de cerveja Ambev e do Haras Twin Brother, na região do bairro Santa Rosa..

O Gaeco identificou e qualificou alguns dos supostos líderes da organização.

As investigações revelaram que a área seria dividida em ruas e lotes, cada qual sob a responsabilidade de um integrante do grupo, incumbido de criar e administrar canais de comunicação específicos — principalmente por meio de aplicativos de mensagens — para organizar a ocupação e repassar informações sobre datas, locais e valores cobrados dos futuros ocupantes.

Além das prisões, foram autorizadas 11 ordens judiciais e registrados 60 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) — procedimento simplificado para infrações penais de menor potencial ofensivo.

As investigações começaram após denúncias anônimas encaminhadas à Ouvidoria do Ministério Público.

Constatou-se que o grupo agia com aval da facção Comando Vermelho e suposto auxílio de servidores públicos, coordenando uma ocupação ilegal organizada da área.

Diante das provas, o Ministério Público agiu com base em indícios dos crimes de: integrar organização criminosa (Lei nº 12.850/2013), esbulho possessório (art. 161, II, do Código Penal), corrupção passiva e ativa (art. 317 do Código Penal).

As investigações continuam em andamento, e novas medidas podem ser adotadas conforme o avanço das diligências, após autorização da juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).

A operação contou com o apoio de 200 policiais militares.

O Gaeco é uma força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.

REINCIDENTE - Um relatório elaborado pelas Forças de Segurança do Estado de Mato Grosso ,em 2023, aponta a facção Comando Vermelho como principal financiadora das construções na invasão de terra ocorrida no Residencial Brasil 21, localizado na região do Contorno Leste, em Cuiabá.

O local foi invadido por posseiros há cerca de dois anos, sob a alegação de que aqueles que se instalavam ali era "sem teto" e procuravam local para morar por falta de condições financeiras para adquirirem seu próprio imóvel.

As forças de segurança deram início a uma ação, coordenada pela Secretaria Segurança Pública do Estado de Mato Grosso (Sesp-MT), para o cumprimento de uma ordem judicial que determinou a reintegração de posse do local.

O estudo aponta que o Comando Vermelho era quem financiava os materiais de construção e fazia a distribuição de lotes, controlando o local.

Além disso, a facção determinava que os invasores permanecessem no local, estabelecendo moradia fixa.

Estava sob o controle da facção uma área com mais de 50 hectares.

O terreno estava dividido em aproximadamente 577 lotes, com vias de acesso por estrada de terra.

Aproximadamente 15 famílias tinham o local como residência fixa, mas a maior parte dos envolvidos não ficava no local o tempo todo, apontou o relatório.

O estudo de situação concluiu que os invasores não pretendiam deixar a área, uma vez que estavam construindo casas em alvenaria e se colocavam como proprietários dos lotes.

O terreno onde diversos barracos e casas com piscina estavam sendo construídas pertence à empresa Ávida Construtora, que iniciou a demolição das casas após a reintegração de posse.

Veja vídeo:





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