Empresários da capital seguem recuperando confiança no setor, mas com cautela
Em ritmo de recuperação, Cuiabá tem registrado, nos últimos meses, crescimento no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec). A alta observada em julho foi de 0,4% em relação ao mês anterior, elevando a pesquisa para 104,5 pontos. Ainda assim, o levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) mostra que a pontuação atual está 2,4% abaixo do registrado no mesmo período de 2024, quando somava 106,9 pontos.
O principal motivo, segundo José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT, é a insegurança com as questões econômicas do país. “Mesmo com a alta no índice neste mês, ainda não foi possível retomar os mesmos níveis registrados em 2024, o que pode sinalizar um otimismo moderado e instável, à espera de melhorias macroeconômicas, como o recuo da taxa de juros brasileira”, afirmou.
Dentre os componentes da pesquisa, alguns registraram alta em comparação ao mês anterior, como as Condições Atuais do Comércio (9,0%) e as Condições Atuais da Economia (7,5%). Já a Expectativa do Comércio (-4,8%) e a Expectativa das Empresas Comerciais (-3,6%) apresentaram variação negativa de junho para julho.
Sobre isso, Wenceslau Júnior explicou:
“A melhora nas condições atuais do comércio e da economia aponta sinais positivos para a expectativa dos empresários. Porém, o recuo registrado nas avaliações futuras indica um receio persistente nas decisões do setor”, disse o presidente da Fecomércio-MT.
Em relação às Condições Atuais da Economia Brasileira, cerca de 78,1% dos entrevistados indicaram piora, enquanto 21,9% apontaram melhora. Já sobre as Condições Atuais da Empresa, 54,9% relataram algum sinal de melhora, e 45,1% disseram ter percebido piora.
Quanto às perspectivas das empresas do setor, 78,4% acreditam em alguma melhora, e 21,5% esperam por uma piora. Sobre a expectativa no comércio, 70,2% informaram esperar melhoras, enquanto 29,7% aguardam pioras.
Diante disso, Wenceslau Júnior concluiu:
“Apesar da percepção de incerteza acerca da economia, as expectativas de expansão no quadro de funcionários, o aumento de investimentos e a positividade quanto à adequação dos estoques favoreceram o crescimento no mês”.

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