Polícia Civil captura estuprador que matou mulher na UFMT Reyvan Carvalho, 26, é apontado como o autor do estupro e homicídio de Solange Sobrinho, em um prédio abandonado
A identificação do criminoso Reyvan Carvalho (detalhe) foi possível em razão de exames de DNA. Corpo de mulher foi encontrado em área abandonada da UFMT, em julho
A Polícia Civil prendeu, na tarde desta sexta-feira (29), Reyvan da Silva Carvalho, de 26 anos.
Ele é apontado como o autor do estupro e homicídio de Solange Aparecida Sobrinho, em um prédio abandonado, no campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá.
O crime ocorreu no dia 23 de julho passado.
A prisão foi realizada pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A identificação do criminoso foi possível em razão de exames de DNA, em vestígios biológicos encontrados no corpo da vítima.
Solange foi encontrada morta por funcionários da universidade, um dia após o crime. Ela estava nua e apresentava lesões no pescoço.
O laudo pericial elaborado sobre a vítima aponta que a morte ocorreu por asfixia decorrente de esganadura.
Solange foi vista por câmeras de segurança circulando sozinha pelo campus da universidade, no dia 23 de julho, por volta das 15h20, poucas horas antes de desaparecer.
No dia seguinte, agentes de vigilância patrimonial da UFMT encontraram o corpo da vítima, em um galpão abandonado, fora da área de circulação acadêmica.
Exames realizados em outras três vítimas de estupro e feminicídio ocorridos em diferentes anos identificaram o mesmo homem que estuprou e matou Solange.
Na ocasião, a Politec comparou este perfil genético com os perfis de seis suspeitos indicados pela Polícia Civil.
Todos os resultados deram negativo para a identificação do agressor. A partir de então, o perfil genético masculino coletado no corpo de Solange foi incluído no Banco de Perfis Genéticos, obtendo resultado coincidente para outros três crimes cometidos pelo mesmo homem, cuja identidade ainda era desconhecida.
Um destes foi um feminicídio e estupro cometido no ano de 2020, no bairro Parque Ohara.
O segundo foi um estupro ocorrido no ano de 2021, no bairro Tijucal.
O terceiro, para um estupro cometido contra outra vítima, em 2022, no bairro Jardim Leblon.
Para auxiliar na busca e difusão das informações do suspeito, a Unidade de Inteligência da Politec foi acionada e, durante as pesquisas em sistemas de segurança pública, foi encontrado o nome do suspeito, que havia sido preso por ter cometido o estupro ocorrido no bairro Tijucal, de 2021.
A Unidade de Inteligência da Politec explica que a ação tinha como objetivo transmitir a informação sobre o agressor comum confirmado pelo exame de perfil genético.
Durante as buscas, descobriu-se que uma das vítimas já havia denunciado um suspeito, que, em decorrência de um outro caso, já havia passado por exames e, na ocasião, teve o perfil genético inserido no banco de dados da Politec.Em nova análise, foi realizado o confronto deste suspeito com a amostra masculina do caso Solange e dos outros três casos, obtendo resultado positivo para a identificação do agressor.
Por meio de câmeras de segurança internas da universidade, a Polícia Civil analisou os últimos momentos em que Solange foi vista com vida.
As imagens mostram a vítima caminhando ao lado da cafeteria da Faeng (Faculdade de Engenharia), por volta das 16h do dia 23 de julho.
Em depoimento aos investigadores, familiares afirmaram que Solange não era usuária de drogas e que não tinha transtornos mentais.
Ainda conforme a família, apesar de não ser aluna ou servidora, ela sempre frequentava a UFMT, assim como a Univag (Centro Universitário de Várzea Grande), mas não há informações sobre o motivo pelo qual ela ia aos câmpus.


Comentários