Mais de 1,1 milhão de mato-grossenses estão com dívidas em atraso Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), cada devedor carrega, em média, R$ 5.459,41 em dívidas. Juntas, elas somam um montante de R$ 6,246 bilhões.
O endividamento da população mato-grossense segue em trajetória de alta. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que, em agosto, 1,144 milhão de pessoas estavam com o nome negativado no estado — o equivalente a quase 44% dos habitantes.
O número representa um avanço de 6,98% em relação a agosto do ano passado, acompanhando a tendência de crescimento do Centro-Oeste (+9,10%) e do Brasil (+9,20%). Na comparação com julho, o aumento foi menor, de 0,14%, o que significa 1,6 mil novos inadimplentes em apenas um mês.
Quase metade da população de Mato Grosso está inadimplente; dívidas somam mais de R$ 6 bilhões. (Foto: Reprodução)Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), cada devedor carrega, em média, R$ 5.459,41 em dívidas. Juntas, elas somam um montante de R$ 6,246 bilhões. As pendências com bancos concentram mais da metade do total (53,13%), enquanto débitos com comércio, contas de água, energia e telecomunicações apresentaram queda em relação ao ano anterior.
O perfil do devedor no estado tem idade média de 43,6 anos, sendo os homens maioria, com 53,74%. A faixa etária mais impactada é a de 30 a 39 anos, que responde por 26,91% dos casos, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos (22,34%) e de 50 a 64 anos (19,20%). Cada inadimplente acumula, em média, 2,3 dívidas em atraso, com período médio de inadimplência de 2,3 anos.
Endividamento cresce e já afeta quase metade dos mato-grossenses. (Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo)Para o presidente da CDL Cuiabá, Junior Macagnan, o cenário exige medidas práticas de organização financeira. “O ideal é buscar negociar os débitos e, se possível, contar com a ajuda de um profissional para estruturar as finanças pessoais e planejar o futuro”, orienta.
O especialista em finanças pessoais Sérgio Sarro reforça que o primeiro passo é simples: colocar receitas e despesas no papel. “Só de olhar para esses dois números já é possível ter clareza sobre a situação financeira e começar a buscar soluções”, explicou.

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