Lobista investigado em esquema de venda de sentença é preso pela PF Ele foi preso novamente por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), após novas investigações apontarem que continuava cometendo crimes mesmo em prisão domiciliar, especialmente o de lavagem de dinheiro.
O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como principal articulador do esquema de venda de sentenças no Judiciário mato-grossense, voltou a ser alvo da Polícia Federal nesta quarta-feira (12). Ele foi preso novamente por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), após novas investigações apontarem que continuava cometendo crimes mesmo em prisão domiciliar, especialmente o de lavagem de dinheiro.
O lobista estava em prisão domiciliar desde julho deste ano. – Foto: Reprodução.O mandado foi cumprido em sua residência, no município de Primavera do Leste, e ele será transferido para a sede da Polícia Federal em Cuiabá. Andreson estava em prisão domiciliar desde julho deste ano, após ter permanecido oito meses na Penitenciária Central do Estado. A mudança de regime havia sido autorizada por motivos de saúde, com base em um laudo médico que indicava risco de morte.
Quando deixou o presídio, o lobista apresentava um quadro clínico debilitado e aparência esquelética, resultado de uma restrição alimentar severa causada por complicações de uma cirurgia bariátrica.

Segurança preso
No mês passado, o lobista foi alvo de busca e apreensão e teve o celular apreendido druante mais uma fase da Operação Sisamens. Na oportunidade, o policial militar aposentado Dejair Silvestre dos Santos, que fazia a segurança do empresário, foi preso por obstrução de justiça.
O militar tentou extraviar o celular do empresário a fim de evitar que a polícia pegasse.
Centro do esquema
O nome de Andreson surgiu no inquérito após a PF localizar mensagens no celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, que indicavam a participação dele em um esquema de venda de decisões judiciais envolvendo desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).

Os magistrados Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho também foram afastados das funções e estão monitorados por tornozeleira eletrônica desde o fim de 2024, enquanto seguem sendo investigados no mesmo caso.

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