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Economia
Segunda - 24 de Novembro de 2025 às 14:51
Por: Ana Julia Pereira/Primeira Página

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As vendas do comércio em Mato Grosso caíram em setembro de 2025 frente ao mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mesmo assim, o setor mantém crescimento no acumulado de janeiro a setembro, acima da média nacional. No varejo ampliado, o avanço no ano chega a 4,9%, conforme dados da Confederação Nacional das CDLs.

No mercado de trabalho, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que 3.737 vagas formais foram criadas no estado considerando apenas o mês de setembro. De janeiro a setembro de 2025, esse número chegou a 58.183.

O detalhamento dos dados por setor revela que, considerando apenas o mês de setembro de 2025, o setor de serviços liderou a criação de vagas em Mato Grosso, com saldo de 1.069 novos postos de trabalho. O comércio, por sua vez, registrou saldo de 306.

O número desse setor resultou da diferença entre o total de admissões (14.581) e o total de demissões no (14.275) ao longo do mês.

A presente edição do Panorama também destaca dados do PIB de Mato Grosso divulgados pelo IBGE em novembro de 2025. Os dados oficiais do PIB são referentes a 2023 e, embora defasados, permitem colocar o desempenho da atividade local em perspectiva.

Conforme o IBGE, nas últimas décadas, o PIB local cresceu a uma taxa média anual de 5,2%, apresentando o melhor desempenho entre as Unidades da Federação. Os dados oficiais mostram ainda que em 2022 e 2023, a economia de Mato Grosso cresceu a taxas expressivas.

Comércios funcionará normalmente neste feriado de 7 de setembro. (Foto: Reprodução)Shopping centers e comércio de rua fecham as portas no Dia de Finados em Cuiabá. (Foto: Reprodução)

Ainda não há o dado oficial referente a 2024, mas o levantamento preliminar da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) aponta uma queda do PIB naquele ano em razão das dificuldades enfrentadas pelo setor agropecuário.

Na comparação entre setembro de 2025 e agosto, as vendas do comércio varejista de Mato Grosso recuaram 0,9%, enquanto as vendas do varejo ampliado recuaram 1,2%, na mesma base de comparação.

O comércio varejista desconsidera atividades comerciais mais específicas, como a de veículos e materiais para construção; já o varejo ampliado considera o conjunto de todas as atividades comerciais. No acumulado do ano, mesmo com a queda mensal, as vendas do setor crescem no estado e apresentam tendência que destoa da média nacional.

No varejo ampliado, o crescimento de janeiro a setembro de 2025 foi de 4,9%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No país como um todo, esse segmento recuou 0,3% no acumulado do ano.

Comércio Cuiabá (Foto: reprodução)Comércio recua em setembro, mas MT mantém ritmo acima da média nacional. Foto: Reprodução

Já em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso de 2023, em comparação com 2022, o PIB local cresceu 12,9%, apresentando o terceiro melhor desempenho entre as 27 Unidades da Federação.

O resultado estimado para 2024 não é o número oficial calculado pelo IBGE, mas uma estimativa elaborada pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG). Esse dado mostra uma desaceleração expressiva da atividade econômica no estado, puxada pelo desempenho do setor agropecuário.

Por fim, ampliando o horizonte de análise, constata-se que o PIB de Mato Grosso apresentou o maior crescimento médio anual nas últimas décadas, isto é, no período de 2002 e a 2023.

Dados divulgados pelo IBGE mostram que, em outubro de 2025, a inflação oficial medida na região Centro-Oeste foi de 4,3% no acumulado de 12 meses. A abertura dos dados nacionais por itens de bens e serviços revela que os preços do grupo de “Despesas pessoais” registraram crescimento de 6,8% no acumulado de 12 meses.

Em seguida, aparecem os grupos de Educação (6,2%) e “Alimentação e bebidas” (5,5%). Nos primeiros meses do ano, os itens de “Alimentação e bebidas” lideraram as altas do IPCA. Nos próximos meses, a trajetória da inflação será uma variável crucial para a determinação da taxa básica de juros, que permanece fixada em 15% ao ano.





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