IBGE aponta que comércio de MT mantém ritmo acima da média nacional No mercado de trabalho, os números do CAGED revelam que 3.737 vagas formais foram criadas no estado considerando apenas o mês de setembro.
As vendas do comércio em Mato Grosso caíram em setembro de 2025 frente ao mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mesmo assim, o setor mantém crescimento no acumulado de janeiro a setembro, acima da média nacional. No varejo ampliado, o avanço no ano chega a 4,9%, conforme dados da Confederação Nacional das CDLs.
No mercado de trabalho, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que 3.737 vagas formais foram criadas no estado considerando apenas o mês de setembro. De janeiro a setembro de 2025, esse número chegou a 58.183.
O detalhamento dos dados por setor revela que, considerando apenas o mês de setembro de 2025, o setor de serviços liderou a criação de vagas em Mato Grosso, com saldo de 1.069 novos postos de trabalho. O comércio, por sua vez, registrou saldo de 306.
O número desse setor resultou da diferença entre o total de admissões (14.581) e o total de demissões no (14.275) ao longo do mês.
A presente edição do Panorama também destaca dados do PIB de Mato Grosso divulgados pelo IBGE em novembro de 2025. Os dados oficiais do PIB são referentes a 2023 e, embora defasados, permitem colocar o desempenho da atividade local em perspectiva.
Conforme o IBGE, nas últimas décadas, o PIB local cresceu a uma taxa média anual de 5,2%, apresentando o melhor desempenho entre as Unidades da Federação. Os dados oficiais mostram ainda que em 2022 e 2023, a economia de Mato Grosso cresceu a taxas expressivas.
Shopping centers e comércio de rua fecham as portas no Dia de Finados em Cuiabá. (Foto: Reprodução)Ainda não há o dado oficial referente a 2024, mas o levantamento preliminar da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) aponta uma queda do PIB naquele ano em razão das dificuldades enfrentadas pelo setor agropecuário.
Na comparação entre setembro de 2025 e agosto, as vendas do comércio varejista de Mato Grosso recuaram 0,9%, enquanto as vendas do varejo ampliado recuaram 1,2%, na mesma base de comparação.
O comércio varejista desconsidera atividades comerciais mais específicas, como a de veículos e materiais para construção; já o varejo ampliado considera o conjunto de todas as atividades comerciais. No acumulado do ano, mesmo com a queda mensal, as vendas do setor crescem no estado e apresentam tendência que destoa da média nacional.
No varejo ampliado, o crescimento de janeiro a setembro de 2025 foi de 4,9%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No país como um todo, esse segmento recuou 0,3% no acumulado do ano.
Comércio recua em setembro, mas MT mantém ritmo acima da média nacional. Foto: ReproduçãoJá em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso de 2023, em comparação com 2022, o PIB local cresceu 12,9%, apresentando o terceiro melhor desempenho entre as 27 Unidades da Federação.
O resultado estimado para 2024 não é o número oficial calculado pelo IBGE, mas uma estimativa elaborada pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG). Esse dado mostra uma desaceleração expressiva da atividade econômica no estado, puxada pelo desempenho do setor agropecuário.
Por fim, ampliando o horizonte de análise, constata-se que o PIB de Mato Grosso apresentou o maior crescimento médio anual nas últimas décadas, isto é, no período de 2002 e a 2023.
Dados divulgados pelo IBGE mostram que, em outubro de 2025, a inflação oficial medida na região Centro-Oeste foi de 4,3% no acumulado de 12 meses. A abertura dos dados nacionais por itens de bens e serviços revela que os preços do grupo de “Despesas pessoais” registraram crescimento de 6,8% no acumulado de 12 meses.
Em seguida, aparecem os grupos de Educação (6,2%) e “Alimentação e bebidas” (5,5%). Nos primeiros meses do ano, os itens de “Alimentação e bebidas” lideraram as altas do IPCA. Nos próximos meses, a trajetória da inflação será uma variável crucial para a determinação da taxa básica de juros, que permanece fixada em 15% ao ano.

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